capítulo 2 | savages

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- Daemon - Visenya chama o nome do padrasto ao se aproximar de onde ele estava sentado numa tenda com vista para o mar.

- Olá querida enteada. - ele murmura com um sorriso de desdém pela expressão que ela tinha. - O que aconteceu?

- Eu quase disse ao Addam que gosto dele. - ela responde rapidamente e se senta ao lado dele e logo deita a cabeça na mesa pela vergonha.

- E como ele reagiu a sua quase confissão, hum?

- Eu não sei, eu fugi dele. - Daemon ergue as sobrancelhas em confusão.

- já que você quase admitiu sentir algo por ele talvez devesse ficar lá e esperar para saber se ele sente algo por você? - Ele pergunta como se fosse óbvio e ela o olha frustrada.

- Mamãe disse que o que eu sinto por ele é passageiro e logo sumirá. Não quero saber que ele sente algo por mim e acabar o machucando quando esse sentimento se for. - ela diz triste e Daemon faz uma expressão de incredulidade.

- Sua mãe está agindo como se ela não tivesse sentido o mesmo por mim quando ela era pouco mais velha que você. Agora nós somos casados, você acha que o sentimento dela passou? - ele pergunta e Visenya pondera fazendo ele se irritar. - Claro que não, só cresceu!

- Então o que eu sinto não vai passar?

- Claro que não, só vai crescer até você sentir que pode fazer loucuras para poder ficar com ele.

- Já que você está dizendo que não irá passar, então pode me fazer um favor? - Visenya diz travessa.

- O que você quer? - Daemon pergunta serrando os olhos.

- Pede para a mamãe dizer a vovó Rhaenys que eu quero casar com o Addam, por favor. - Ela diz e Daemon nega rapidamente.

- Não.

- Mas Daemon!

- Não.

- Daemooon. - ela diz arrastado e ele continua negando.

- Você ainda é nova, não irei casar você tão nova para você acabar morrendo no parto que nem minha tia, minha mãe e sua avó. - Ele diz e ela arregala os olhos como se tivesse levado um tapa.

- Sinto muito.

- Não tem problema, apenas espere mais, sim? - Visenya sorrir para ele e o dá um beijo na bochecha antes de concordar.






Aos treze anos Visenya teve que aguentar com os surtos de sua mãe com relação a ela. Em um dia ela surtava sobre como ela havia crescido demais, em outro ela falava sobre como não queria ter que se despedir dela um dia quando ela finalmente se casasse, e em um dia qualquer ela surtou também sobre como sua filha não tinha amigas e sem permissão da mesma Rhaenyra convocou damas de companhia de todo o reino para a garota.

- Eu já havia lhe dito que não precisava de damas de companhia! Estas garotas são idiotas e cheias de frescuras. SÃO TOTALMENTE DIFERENTE DE MIM, MAMÃE. - Visenya exclama irritada ao ver que havia várias garotas ali esperando serem selecionadas pela princesa.

- Minha filha, eu só estou pensando no seu bem. Você precisa de amigas, meu bem. - Era o que Rhaenyra sempre respondia.

- Eu tenho meus irmãos, meus tios e minhas primas. Isso é o suficiente para mim.

- Eu não chamei essas garotas até aqui atoa, Visenya! - Rhaenyra começava a se irritar com a atitude da filha que apenas bufa.

- Irei escolher apenas uma delas.

- Mas Visneya... - Rhaenyra parecia aturdida com aquilo.

- Mas nada, mamãe. Você já está me obrigando a aceita-las. Então eu irei escolher qual delas eu achar melhor. - Ela fala e desce as escadas para se juntar as garotas que jaziam ali.

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