No dia do nascimento do príncipe Jacearys aconteceu algo inesperado, horas após o nascimento do garoto a princesa voltou a sentir contrações e logo os meistres foram ao seu atendimento. Os meistres ficaram temerosos pois aquilo era impossível de acontecer, mas aconteceu.
Daquele parto veio uma menina, seus olhos eram violetas mas eram um violeta muito mais forte do quê eles jamais viram em suas longas vidas e seus cabelos não eram nem prateados como os de seu irmão, mas sim cinzas.
Após o nascimento da criança a princesa caiu desmaiada na cama, pálida e gelada, seus cabelos antes prateados agora estavam tão brancos quanto neve. Os meistres quase a declararam morta mas perceberam que ela respirava. A criança havia sugado por completo as forças e energias da princesa.
Quando Rhaenyra acordou quase um dia depois as amas de leite levaram as crianças até ela e os meistres dizem que ao olhar para a menina a cor voltou às bochechas de Rhaenyra e seus cabelos voltaram a cor normal.
Estes meistres logo foram mortos de forma disfarçada à mando do rei que sabia que se aquelas histórias discaradas fossem espalhadas iriam acusar sua neta de ser uma bruxa e o destino da criança não seria nada bom.
— Uma bela menina, minha filha. — Viserys murmura para Rhaenyra que tinha Jacearys nos braços e ele tinha a garota, nomeada Visenya, nos braços.
— Eu quase morri a pondo no mundo mas vejo que valeu a pena, ela é linda. — Rhaenyra concorda com o pai.
Com o passar dos anos os boatos sobre a princesa foram se espalhando, mesmo com os esforços de Viserys para que ninguém falasse sobre isso. Eles diziam que a garota era uma bruxa ou algo do tipo mas ele não se importava.
Quando a doença de Viserys se agravou Visenya foi a primeira a perceber que parecia que seus dedos estavam apodrecendo, ela tinha cinco anos mas foi até o quarto de seu avô em um dia que ele estava sendo tratado e observou os dedos dele dentro de uma vasilha com sangue sugas.
— Devem lhe cortar os dedos.
Os meistres ignoraram a garotinha enquanto Viserys ficou abismado. Ela era um poço de mistério e seus olhos lilases a deixavam ainda mais misteriosa aos olhos dele, porque em nenhum momento de seus quarenta anos ele jamais viu olhos lilases tão marcantes.
Meses se passaram e os dedos de Viserys continuaram à apodrecer, logo os meistres começaram a considerar a possibilidade de realmente cortarem os dedos do rei, e dias depois o ato aconteceu.
Dois anos depois quando foram embora para Dragonstone, uma vez seus pais a levaram para Dorne onde conheceu suas primas Baela e Rhaena, e também Laena e Daemon. Laena estava mais que feliz e nem sequer sabia que estava grávida mas assim que Visenya bateu os olhos nela soube.
— Você sabia que está grávida, tia Laena? — A garota indaga fazendo Laena arregalar os olhos e trocar olhares com Daemon.
— Não... — Laena responde hesitante.
— Você tem sonhos com o futuro, minha filha? — Seu pai Laenor a pergunta com o cenho franzido, se nem sua irmã sabia disso como sua filha de sete anos poderia saber?
— Não, papai. — A garota responde.
— Então como pode saber disso? — Agora é Rhaenyra quem indaga.
— Eu não sei. — Visenya diz e logo se cala e olha para as mãos e depois olha para Laena novamente e sua expressão assusta a mulher. — Não tema, o fogo e a água tomarão conta do seu destino. — ela murmura e aos perceber que a prima estava assustada Rhaenyra então se levanta puxando Visenya.
— Bem, acho que está na hora de nós irmos.
— Sim, eu também acho. — Laenor murmura sem graça e se despede da irmã e do cunhado antes de voltarem para Dragonstone.
Sete meses após aquele jantar chega a notícia de que Laena havia falecido no parto e enquanto Laenor chorava lamentando pela irmã Rhaenyra observava Visenya como se a qualquer minuto a garota fosse sumir. Sua filha havia previsto a morte de Laena e aquilo era bizarro para ela.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The dragon witch
Fanfictie"No dia do nascimento do príncipe Jacearys aconteceu algo inesperado, horas após o nascimento do garoto a princesa voltou a sentir contrações e logo os meistres foram ao seu atendimento. Os meistres ficaram temerosos pois aquilo era impossível de ac...