Capítulo 2

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Bruna Lavra

Quando acordo, sentindo Gaby cutucando meu braço e escutando seus resmungos sobre algo que não consegui entender, minha cabeça já dava os típicos sinais de tontura pós o medicamento.

- Coloca o sinto estamos pousando - a voz que escuto é a de Kayle que me estendia uma garrafa d'água.

- Obrigada! - pego a garrafa a deixando meu colo, já com o sinto abotoado.

O pouso não foi o dos mais tranquilos, o que não colaborou a tontura que sentia e quando finalmente pisamos em terra firme tinha quase certeza que estava verde de tão enjoada, mas ainda, sim, me sentia grata por finalmente ter saído do avião.

- Meu Deus - o grito de Gaby me assusta fazendo eu e kayle olharmos para ela preocupadas - Bruna está mais verde que jiló - diz apontando para mim.

- Céus! Ela está certa - Kayle diz largando a malas e se aproximando de mim - Você está mais verde que jiló - as mãos dela agarraram minhas bochechas quase fazendo uma vistoria.

- Eu estou bem meninas, só preciso deitar um pouco, quando vamos pegar o carro para a fazenda? - pergunto querendo mudar o assunto.

- Bobinha, já estamos na fazenda - Gaby diz já entrando em uma picape que eu mal tinha reparado.

- O quê? - Minha voz ainda soava confusa enquanto eu e kayle entravamos no carro.

- Estamos na pista de pouso da fazenda senhoritas, vamos demorar alguns minutos até chegar a casa principal, mas com certeza vai ser mais rápido do que se tivessem pousado no aeroporto - o homem que dirigia explicava com humor na voz.

Sendo sincera, eu não prestei muita atenção no que as meninas e o homem conversavam durante o percurso até a fazenda, apenas resmungava concordâncias e deixava minha cabeça baixa rezando para que aquela tontura passasse logo.

(...)

- Lar, doce lar - Gaby diz assim que desce do carro.

Olho admirada ao redor, a casa era realmente muito bonita e o brilho do por do sol parecia dar um charme a mais, que por um momento quase me fez esquecer o enjoo, mas logo a tontura voltou e eu retornei para me sentar no banco do carro que ainda estava com a porta aberta.

- Melhor entramos antes que você caia dura no chão - Gaby diz me olhando e eu apenas concordo com a cabeça.

Subimos juntas para o quarto que íamos dividir, por motivos de Gaby queria que dormíssemos coladinhas que nem no início da faculdade quando nosso apartamento era minusculo. Apesar de ser uma atitude fofa, eu tinha certeza que não ia durar 3 noites. Ou iriamos para quartos diferentes ou acabaríamos nos matando.

Mas também tinha certeza que a primeira noite seria divertida, bom, isso se eu não morresse de enjoo antes.

- Vamos descer e ver o que vai ter de janta, quer alguma coisa? - Kayle pergunta.

- Não, vou só tomar um banho e tirar um cochilo, tem algum pijama na mochila de vocês? As malas ainda não chegaram.

- Daqui a pouco chega, mas acho que deve ter alguma coisa no closet - Gaby passa reto pela gente abrindo uma porta e logo sai de lá com uma camisola.

- Isso é mais transparente que água - digo com humor estendendo a camisola na cama.

- É o que temos por enquanto - Gaby para do meu lado também olhando a camisola - Mas também posso te trazer um saco de batatas da cozinha - Gaby diz com humor e eu dou um empurrãozinho em seu braço.

- Para de graça - uma risadinha escapa de mim - Vou tirar um cochilo, me acordem para jantar - não tinha certeza se elas tinham me ouvido, pois já estava no banheiro.

O FazendeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora