Capítulo 4

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Alejandro Carvalho

Encontrar uma linda ninfeta andando pelos corredores de minha casa, com certeza foi uma surpresa, uma surpresa deliciosa.

Eu observei ela passar pela porta de meu escritório e por um momento eu quase pensei que estava alucinando. Então, ao segui-la pelos corredores da casa até a cozinha e vê-la se deliciando com as frutas de minha geladeira, comecei a me questionar:

"Quem era a pequena ladrazinha?"

Logo a resposta veio, nada mais era que uma amiga de minha irmã que veio para passar as férias. Tinha me esquecido de ter dado a permissão a Gabryelle, mas agora me lembraria de agradecer a minha irmã por trazer uma coisinha tão deliciosa para debaixo de meu teto.

Infelizmente não consegui me aproximar o suficiente naquela noite, porém eu teria as férias inteiras para arrastar a ninfetinha para minha cama. Também confesso que a ouvir me chamando de "Senhor" me irritou um pouco, me fez me sentir um velho, mas logo ela estaria tão ocupada gemendo em meu pau que não se lembraria das formalidades.

Na manhã do dia seguinte, enquanto esperava a minha ninfetinha para o café da manhã, gritos ecoaram por todas as paredes da casa, subi as escadas batendo direto no antigo quarto de Gabryelle de onde vinham os gritos.

E quando abri a porta, ela estava lá, deliciosamente vestida na mesma camisola transparente que a vi usando noite passada. Após ouvir uma desculpa esfarrapada da boca dela, decidi que o mais sensato era sair do quarto antes que perdesse o controle. 

Um tempo depois a vi descer as escadas, junta de minha irmã e mais uma garota.

— Bom dia! — Gabryelle vem até mim deixando o típico beijo na bochecha, fazia isto desde a infância.

— Bom dia! — respondo e logo meus olhos se focam nela — Bom dia, Bruna — dizer seu nome foi realmente incrível, ainda não o tinha testado.

— Bom dia, Sr. Alejandro — sua voz sai baixa, quase inaudível.

— Espera — Gabryelle nos olha confusa — Vocês se conhecem? De onde? — antes ela começasse a tagarelar como uma maritaca a respondo.

— Encontrei sua amiga ontem de noite na cozinha — digo de forma simples.

O café da manhã estava tranquilo, eu a observava e apesar de no começo parecer tensa ao conversa com Gabryelle e a outra amiga, que descobri se chamar Kayle, pareceu mais calma, mas seu maldito telefone começou a tocar a tirando de minhas vistas.

— Droga! Deve ser o Caio, de novo para variar — Gabryelle reclama remexendo a comida do prato — Pensei que tivesse bloqueado ele no celular dela — seu olhar se direciona para a outra menina que ainda olhava a direção que minha ninfeta tinha ido.

— E eu bloqueei, ele deve ter comprado um chip novo ou sei lá, esse cara é um pé no saco — resmunga bebendo um gole de suco.

— Quem é Caio? — permito que a curiosidade me vença as questionando.

— Um merdinha que namorava a Bru, ela terminou faz um tempinho, mas eles vivem indo e voltando — Kayle responde.

— Ele sem dúvidas é um merda — Gabryelle diz rindo junto da amiga, mas o silêncio se instaura assim que ela volta com um maldito sorriso bobo para o telefone.

— Por que estão me olhando assim? — pergunta guardando o celular.

— Quem era? — as meninas perguntam juntas.

— Não finjam que não saibam, é falsidade — sua voz tinha humor e isso me irritou.

Por que ela tinha que ter um maldito namoradinho de merda? E ainda acha graça de manter contato com ele. Isso só iria complicar as coisas para o meu lado.

— Não estamos sendo falsas, só queremos saber se nosso chute está certo — Kayle falou olhando concentrada para ela assim como Gabryelle.

— Tá legal, eu sei que não gostam de... — Bruna foi interrompida por Gabryelle.

— Odiamos ele, não gostar é pouco — sua voz estava zangada.

— Tudo bem, eu sei que odeiam ele, mas ele não é tão ruim quanto vocês pensam — diz ao tentar defender o maldito merdinha.

Por que ela fazia tanta questão defender ele?

— Quer saber, não vamos brigar por isso, estamos de férias. Isso é preocupação do futuro, não de agora — Kayle falou e o resto do café foi em silêncio até que elas se levantaram para ir aos estábulos.

Se eu quisesse a ninfeta para mim ia precisar dá um jeito de tirar ele do caminho. 

O FazendeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora