Situação Crítica

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P.O.V. Gabriel.

Trouxemos Emily e o bebê para o hospital. As duas foram levadas para serem examinadas pelo médico, Emily mal chegou na emergência e foi logo atendida por uma legião de médicos e enfermeiros que a levaram para dentro.  Depois de uma espera que pareceu durar uma eternidade o médico saiu apenas para me informar que graças á Deus o bebê foi examinado e está bem, a Emily no entanto...

-A paciente chegou aqui muito debilitada. Ela perdeu muito sangue e detectamos uma inflamação no útero, por isso ela foi levada diretamente para a UTI e seu estado é crítico. As próximas quarenta e oito horas são cruciais. Eu sinto muito.- Disse o médico.

E eu desabei, Meu Deus e se a Emily morrer? Como vou ser pai solteiro? A minha mãe me consolou disse para eu ter fé que tudo daria certo. O médico me perguntou qual era o nome da minha filha para poder identificá-la.

-Ella. Ella Cooper De Lancret.- Eu disse.

Me lembrei de quando Emily me disse que queria que a menina se chamasse Ella, que sentia que este deveria ser o nome dela. O Doutor Moreau disse que como o parto apresentou complicações as duas ficariam internadas.

Quando o médico saiu eu desabei, como vou criar uma menina sozinho? Os meus pais já são idosos, eles não tem pique para cuidar de um bebê e eu tenho que trabalhar para pagar as contas, prover para a minha filha. O que vou fazer? É lógico que minha mãe se ofereceu para me ajudar, mas não posso fazer isso com ela.

-Maman, eu moro em Paris. Minha vida está lá, o meu emprego, meu restaurante. Não posso ficar aqui e nem posso pedir que a senhora vá viver lá. Como vai deixar o pai sozinho?- Falei.

-E como você vai deixar a sua esposa aqui? Tem que dar um jeito de levar a mãe também.- Disse a minha mãe.

Então falei com o médico a respeito de transferir a Emily para um hospital em Paris, mas ele disse que no estado dela uma transferência está totalmente fora de cogitação. Isso colocaria a vida dela em perigo. Sendo assim terei que ficar na casa dos meus pais pelo menos por um tempo. E como não quero largar as duas aqui no hospital eu vou ficar como acompanhante.

2 dias depois...

Felizmente as duas já estão totalmente recuperadas e podemos ir para casa. Emily terá que tomar antibióticos e por causa da infecção não vai poder amamentar e terá que ficar de cama por um tempo, mas fora isso nós voltamos para Paris e o caos logo se instaurou.

P.O.V. Emily.

Ela não para de chorar e já mamou, já arrotou, já encheu a fralda e a fralda já foi trocada. Mas, Ella continua chorando e não consigo fazê-la parar. Mas, é porque a minha filha não sabe quando é hora de comer, de dormir então a casa está o caos. Ela tem cólica porque o equipamento é novinho em folha sendo assim precisa ser mais usado para melhorar. E para fechar com chave de ouro o dono do edifício ai da frente decidiu fazer uma obra, demoliram o prédio ontem e agora o lugar é um canteiro de obras cheio de maquinas barulhentas que não deixam o bebê dormir.

O apartamento está um caos. Tem uma montanha de louça na pia, chupetas e mamadeiras espalhadas por todos os lugares e Ella acorda de hora em hora para mamar. Tenho que tirar o leite do peito para impedir que vire pedra e tomar os meus remédios enfim... é uma loucura total. Não tenho tempo para nada. E como desgraça pouca é bobagem e tragédia sempre vem em trinca tocaram a campainha e imaginem só quem é que aparece na minha porta?

-Mãe?- Perguntei chocada olhando para aquela figura parada na minha frente. Puta merda!

Emily In Paris-Emily's babyOnde histórias criam vida. Descubra agora