Amor é uma escolha

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— Mas eu não amo você. - Sanemi continuava sem entender aqueles sentimentos. 

— Uma vez, uma mulher sábia me disse, que amor é uma escolha. Por isso ele existe de várias formas, amor que sente pela família, é diferente do amor que sente pelo parceiro, ou do amor entre amigos. - Himejima puxou Sanemi para sentar em seu colo. O corpo formigava clamando pelo ômega. — Paixão é diferente, intensa, momentânea e te dar um prazer sem igual.

— Então isso que estou sentindo agora, é paixão?

Eles estavam tão colados, que seus lábios roçavam nos do alfa.

— Sim.

Sem conseguir mais se controlar, Himejima beijou o ômega. Era a primeira vez que o alfa beijava alguém, mas de alguma forma, seus instintos o guiavam com confiança. Envolvendo seus braços ao redor daquele corpo esguio, Himejima moveu seus lábios ao seu beu prazer. 

Com o coração batendo tão rápido, Sanemi pensou que iria desmaiar a qualquer momento. Estava perdendo as forças à medida que correspondia ao beijo, deixando seus lábios serem sugados e mordiscados. Suas mãos se moviam pelos cabelos do alfa, puxando sempre que um arrepio de prazer atravessava seu corpo. Estava perdido, se afogando naquele bendito desejo. Esqueceu onde estava, o que fazia, o que deveria fazer, seu objetivo era continuar mergulhado nos prazeres que Himejima lhe proporcionava. Sanemi não fazia a mínima ideia do que fazer, de como corresponder, mas de alguma forma, seu corpo sabia. Estando com a mente em branco, ele já não tinha controle sobre as próprias ações.

— Chega - pediu Himejima afundando o rosto no pescoço do ômega.

Quando sentiu o cheiro doce de avelã que Sanemi soltava excitado, o alfa começou a beijar aquele pescoço branco. O ômega gemeu, rebolando no corpo de Himejima. Com seus olhos firmemente fechados, podia sentir as unhas dele se afundando em sua nuca. Uma de suas mãos apertou a cintura de Sanemi, a outra se fechava na nuca dele. Estava a beira do abismo. Como poderia controlar seus impulsos, se era a primeira vez que experimentava tal coisa?

Não havia nada que Sanemi quisesse mais do que ficar ali explorando seus desejos. Mas quando abriu os olhos, seu sangue esfriou e todo aquele fogo apagou. A janela do quarto estava aperta, seus irmãos estavam no corredor externo lhe observando atentamente, Genya e os gêmeos tinham sorrisos enormes estampados em seu rosto. Eles correram quando Sanemi os viu.

— Pare - falou o ômega se afastando.

Himejima ficou desnorteado e olhava para Sanemi meio perdido. Respirando fundo para se acalmar, Sanemi colocou as mãos na cabeça. Tentava reorganizar seus pensamentos antes de sair do quarto. 

— Aconteceu alguma coisa? - perguntou ofegante.

— Aconteceu, eu gosto de você. Sinto desejo por você - disse por fim. — Mas eu não posso deixar meus irmãos, preciso cuidar deles.

Entendendo do que se tratava. Himejima lhe deu um sorriso gentil.

— E se eu ajudasse você a cuidar deles?

Sanemi riu daquela proposta. O alfa a sua frente parecia determinado a ficar.

— E se essa paixão, acabar e não tiver amor? 

Com um sorriso ainda maior, Himejima respondeu: — Eu já disse, amor é uma escolha. Se eu escolher te amar, o que vai escolher?

Sendo o irmão mais velho preocupado que era. Sanemi pensou em cada um dos seus irmãos, o que aconteceria se Himejima fosse seu alfa. Eles teriam a figura de um alfa protetor, forte, leal. Aprenderiam a serem alfas de verdade, algo que o inútil do pai deles não podia ensinar. Sanemi não mais precisava se esforçar até a exaustão, se colocar em perigo. Depois de quase perder a cabeça e fazer algo movido pelo desejo na frente de seus irmãos, Sanemi pensava com clareza em seu futuro com o alfa. Se valia a pena ter ele ao seu lado. Mas já havia feito isso várias vezes nos últimos 4 dias em que dormiram juntos. 

O guardião da MontanhaOnde histórias criam vida. Descubra agora