004.

54 6 56
                                    

Sábado, 19h23 - Egito, África.

Jace seguia os passos apressados de Yuna. Embora ainda não conhecesse toda a equipe, ele tinha certeza de que ela era a mais falante do grupo, visto que a coreana não tinha parado de falar desde que eles deixaram a sala de reuniões.

Yuna havia se apresentado e contado sobre sua ocupação antes de entrar na equipe. Assim como Jace, tinha 22 anos. Ela era filha de pais militares e havia ingressado nas Forças Armadas da Coreia do Sul logo após completar 18 anos. Yuna se destacou em sua unidade e com apenas 20 anos já tinha se tornado mestre em artes marciais e especialista em armas de fogo e armas brancas. Ainda nessa época, ela chamou a atenção da diretoria responsável pelo recrutamento dos agentes da C.I.E.E.L e quando recebeu o convite para ingressar na agência, aceitou de imediato.


— E esse é o nosso adorável QG. — Brincou Yuna, parando diante de uma porta com fechadura eletrônica. — Nosso dormitório, para ser mais exata. — Ela sorriu. — Aqui, esse é seu cartão de acesso. Sim, eu sei o que você está pensando: Por que ela está me dando um cartão de acesso se essa porta pode ser aberta apenas digitando a senha? Acontece que tivemos uma situação recorrente e o general decidiu bloquear nosso acesso por senha, ele disse que somos muito imaturos para isso e agora temos que usar apenas o cartão.

— Que situação recorrente? — Jace perguntou, pegando o cartão de acesso e guardando no bolso da calça.

— Daemon, Chris e Michael estavam brigando com frequência, sempre que isso acontecia eles trocavam a senha de acesso para manter o outro trancado para fora do dormitório. — Ela revirou os olhos e passou seu cartão na porta, abrindo-a. — Homens, sempre tão imaturos.

— É.. nossa.. imaturos demais. — Jace concordou enquanto sufocava uma risada, pois esse era o tipo de coisa que ele faria se estivesse no lugar deles.


Após Yuna apresentar para ele todas as instalações, ela o levou até o local que seria seu quarto pelo tempo em que ele estivesse na base.

Assim que a coreana abriu a porta, Jace percebeu que o cômodo era mais espaçoso que o seu quarto em Nova York e muito mais limpo que os quartos de hoteis que ele costumava ficar. Entretanto, nem todo o espaço e organização do mundo poderia mudar o sentimento de vazio que criava raízes dentro dele sempre que entrava em um cômodo assim. Para ele, um quarto sem o papel de parede de Star Wars e as decorações nas prateleiras que seus amigos costumavam chamar de "bugigangas de nerd", nada mais era do que um cômodo mobiliado que o fazia perceber que ele estava cada vez mais sozinho e longe de casa.


— É básico, mas espero que seja o suficiente para deixá-lo confortável. Essas paredes cinzas são sem graça, então você pode decorar e pintar se quiser. Todos os membros da equipe decoraram seus quartos. — Revelou Yuna enquanto caminhava até a cama de casal e se sentava. — Vamos lá, entre e dê uma olhada.


Jace cruzou a porta e caminhou pelo quarto. Além da cama de casal e a mesinha ao lado dela, havia uma escrivaninha com algumas canetas e papéis para anotações, um outro cartão de acesso, uma luminária, um tablet e um relógio. Sua mala já se encontrava no quarto, ao lado da escrivaninha.


— Opa! Eu já estava me esquecendo. — Yuna saltou da cama e correu até a escrivaninha. — Esse é o cartão de acesso para abrir a porta do seu quarto. Não perca e não confunda com o da porta da frente.



Jace pegou o cartão de acesso e o girou entre os dedos.



— Cartão vermelho para a porta da frente e cartão azul para a porta do quarto. Tsc, fácil de lembrar. — Declarou, com um sorriso ladino. — Hum.. Aqui tem sinal, né? Fiquei de mandar mensagens para uns amigos e...

𝐖𝐀𝐑 𝐎𝐅 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora