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Domingo, 7h30 - Egito, África.


A caminho de seu primeiro treino, Jace notava detalhes que tinham passado despercebidos na noite anterior. A construção da base era de concreto reforçado, com paredes grossas que ofereciam proteção contra invasões e ataques. As janelas eram inexistentes, a corrente de ar que vinha através dos dutos de ventilação e o som peculiar que ele ouvia, sugeria que a base era subterrânea. A cada corredor percorrido, Jace se convencia ainda mais de que além disso, a localização da base também não era no centro de alguma cidade e sim em um local isolado.

O interior da base era um ambiente funcional e tecnológico, os corredores e salas eram fortemente vigiados com sistemas de câmeras, sensores de movimento e acesso restrito por biometria, cartões ou códigos complexos. Suas instalações incluíam: Sala de controle, laboratórios, áreas de treinamento, salas de reuniões, centros de comunicação, salas de armazenamento, entre diversas outras.

Acompanhado por Sam e Yelena, Jace entrou no laboratório. O local era repleto de telões exibindo dados em tempo real e mesas com equipamentos científicos e de alta tecnologia trabalhando fervorosamente em projetos misteriosos.



— Bem vindo ao lugar mais importante da base. — Disse Sam. — Aqui analisamos informações cruciais que podem mudar o rumo de uma missão e criamos os equipamentos mais incríveis e tecnológicos do mundo.


Jace observou a tela, intrigado, enquanto Sam apontava para um equipamento que parecia um scanner.


— Esse é o nosso analisador de sinais. Ele nos ajuda a interceptar comunicações inimigas. Você ficaria surpreso com o que conseguimos descobrir apenas ouvindo.

— Cada agente tem um papel vital aqui. Desde a coleta de informações até a execução de operações, tudo é interligado. — Yelena continuou, explicando como eles usavam tecnologia de ponta para rastrear movimentos suspeitos e monitorar atividades em tempo real.


Enquanto caminhavam pelo extenso laboratório, Jace não podia deixar de sentir a intensidade do ambiente. A atmosfera era tensa, mas ao mesmo tempo emocionante, com uma pulsação de energia que parecia reverberar pelas paredes.

As equipes que estavam ali trabalhavam em silêncio, focadas em suas tarefas. Jace observou que os agentes pareciam ser juramentados a manter sigilo absoluto sobre as operações internas e suas atividades desenvolvidas, visto que o lugar era quase completamente silencioso, exceto pelos sons das máquinas e pela atividade constante dos agentes.



— O Chris mencionou há pouco que vocês não são agentes de campo, isso significa que vocês ficam o tempo todo aqui? — Jace perguntou, visivelmente intrigado.

— Sim. Mas não pense que temos menos trabalho ou utilidade que os agentes de campo. Além de desenvolver tecnologia, também somos treinados para uma variedade de coisas, desde coleta de informações até negociações secretas. — Yelena respondeu com seriedade e então o guiou até a área de simulação, onde monitores mostram cenários de missões em andamento.

— Aqui. — Começou Sam. — Treinamos os agentes com cenários hipotéticos. Eles precisam ser rápidos, precisos e, acima de tudo, estratégicos.



Jace observou, absorto, enquanto imagens de operações de infiltração e resgate passavam diante de seus olhos.



— Eu não sei se estou pronto para isso. — Jace admitiu, intimidado.

— Imagino que tudo isso esteja parecendo demais. — Sam apertou gentilmente o ombro de Jace e seus lábios formaram um sorriso simpático e solidário. — Mas tenha em mente que você é estudante de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação pelo MIT e que se confiamos em você para trazê-lo até aqui, é porque sabemos do seu potencial. Você dará conta disso tudo e logo estará se sentindo em casa.


𝐖𝐀𝐑 𝐎𝐅 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora