STALKER | BTS | TAEHYUNG

06. VERDADE

●○● Kim Taehyung ●○●

Assim que terminamos de almoçar, eu lavei a louça e ela acabou pegando um pano e foi secando a mesma. Típica cena de casal recém casado em harmonia; confesso que sorri discreto quando pensei nisso.

— Mas porque você tá sorrindo? - Talvez nem tão discreto assim.

— Nada, apenas estou achando legal essa nossa interação nos afazeres domésticos.

— Estamos parecendo um casal recém casado. - Arregalei os olhos e sorri largo quando a ouvi. Ela está lendo meus pensamentos por acaso?

Acabei virando meu rosto a olha-la e vi que ela também sorria pra mim; suspirei com isso e voltei a lavar a louça.

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Terminamos de ajeitar as coisas pendentes na cozinha e acabou batendo aquela preguiça pós almoço. Após notar dois bocejos da Nana, segurei sua mão (coisa que fez ela arregalar os olhos surpresa), e a puxei em direção a sala, na sala me sentei no sofá e não demorei a deitar no mesmo enquanto sutilmente a puxei para que se deitasse comigo.

Logo a Nana se ajeitou naquele móvel e se deitou ao meu lado virada de frente para mim com a cabeça apoiada em um dos meus braços. Minha mão livre eu ergui e toquei seu rosto fazendo um breve carinho enquanto ficava a observando e ela fazia o mesmo como se ela estivesse reparando em cada detalhe do meu rosto.

— Gosta do que vê? - Ela acabou revirando os olhos e me fazendo sorrir com essa ação. — 'Tô brincando com você, boba.

— Sim Taehyung. Eu gosto do que vejo, você é muito bonito! Satisfeito? Queria tanto um elogio meu? - Ela disse comprimindo os lábios um no outro como se estivesse tentando evitar sorrir.

— Não, não estou satisfeito. Você voltou a me chamar de Taehyung. - Fiz um biquinho incorporando meu "eu" dramático que finalmente conseguiu fazê-la sorrir.

- Bobo você, TAE! - Ela disse enfatizando o "Tae" e me fazendo sorrir largo. Logo desviei minha mão de seu rosto e envolvi meu braço em sua cintura e fui a abraçando e a puxando mais para mim fazendo nossos corpos encostarem um no outro.

Com nossos troncos juntos, eu podia sentir os batimentos da Nana acelerados e o rosto dela erguido em minha direção levemente corado. A apertei contra mim levemente e suspirei deixando meu olhar fixo em seus olhos e apenas notei em seguida sua mão erguendo lentamente ao ar e encontrando meu rosto.

Seu toque era suave e delicado, nunca imaginaria que uma moça tão bonita e tão meiga pudesse ter sofrido tanto. Mas na verdade, como alguém pode ser capaz de ter feito algo assim com ela? Isso NUNCA vai fazer sentido pra mim.

Senti um leve arrepio tomar conta do meu corpo com seus carinhos sobre minha face e com isso vou aproximando meu rosto do dela e encosto meus lábios bem na pontinha do seu nariz e a beijo levemente. Afasto apenas poucos centímetros de distância e continuo a olhando enquanto também sentia sua mão deslizando do meu rosto para entre meus cabelos.

— Tae... - Ela falou num tom de voz baixo e calmo, ainda com seu olhar direcionado para mim.

— Hum?

— Obrigada por estar me protegendo mesmo mal me conhecendo. Obrigada por não ter nojo de mim e também por ter devolvido meu sono. Na verdade, eu nunca vou saber como te agradecer... - Aquelas palavras de uma certa forma me atingiram como uma bomba pelo simples fato de imaginar o quanto ela deve ter se sentido sozinha e desamparada durante todo esse tempo.

— Nana, me agradeça sendo feliz! Viva, se permita. Por mais difícil que seja, tente vencer seus traumas... nem todos serão maldosos com você, existe pessoas boas no mundo. Eu quero muito, muito que você seja liberta, seja feliz! - Falei calmamente a olhando.