I'll Call you Mine

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Avisos: conteúdo sexual

A parte externa do colégio mantinha os portões prateados fechados, com as professoras um tanto cansadas inquietas com as listas com os nomes dos alunos. Não eram poucos os carros luxuosos que se aproximavam do portão para descer com as crianças, logo unia-se mais uma mãe na aglomeração de vestidos luxuosos e rodados e penteados impecáveis. Cada ômega mantendo cada detalhe da aparência como se fizesse parte de um desfile das mães mais ricas de Seoul. Era esperado pela associação de ômegas que as mães estivessem sempre presentes nos eventos da escola, que levassem os filhos para a checagem antes da excursão. As mães elegantemente trajadas ainda assim disfarçavam que em outro caso, mandariam seus motorista levarem seus filhos para as aulas e após os filhos embarcarem no ônibus particular, voltariam para a vida cheia de luxo, bebendo merlot com outras mães enquanto não sabiam o que os maridos faziam.

As professores alinhavam as crianças, checando as autorizações e acenando para os funcionários do colégio levarem a bagagem para o ônibus.

Embora não estivessem atrasados, Jaekyung estendeu a autorização, ignorando os olhares pesados que o seguiam. Dan era quem nunca faltava a nenhum evento importante para os gêmeos, e ser o único pai alfa ali de repente ganhava um peso estranho. Yujin ergueu as íris escuras, encolhida no grosso casaco ao ver o pai novamente se abaixar, ajeitando o casaco esbranquiçado com orelhas de coelho no capuz, algo que ela amava mais do que tudo no mundo. A garota sorriu, se mantendo ao lado do irmão enquanto o pai ainda os olhava atentamente.

— Qualquer coisa que aconteça, não hesitem em chamar a professora e mandar que ligue para mim. — Jaekyung endireitou a postura, pensando no que dizer. Era Dan quem fazia esse tipo de coisa, mas o alfa precisava aprender a ser um pai melhor, muito melhor. Um suspiro pesado escapou dos lábios em riso frustrado, os longos dedos deslizando pelos cabelos para em seguida levar os dedos a acariciarem os cabelos recém-cortados de Hajoon. Riu, os fios agora curtos o deixavam estranhamente adorável. — Seu pai queria vir, mas ele não está se sentindo bem.

— A gente não vai ter que voltar para aquela casa, não é?

— Ei! — Yujin pressionou os lábios — Eu gosto de lá, o papai está ensinando a cuidar do jardim.

Hajoon era direto, mais do que deveria. Não era intencional, o menino era apenas uma criança que ainda não entendia várias coisas. Jaekyung não era um completo idiota quando via que Dan aguentou muitas coisas durante o casamento e que o divórcio não surgiu da noite para o dia. Imaginava o ômega pensando e esperando por uma melhora, e quando esta não veio, soava como viver uma espera eterna por algo incerto. Ainda assim, no início do processo, nada era a favor de Dan. Jaekyung sabia, existia quem dissesse que a associação de ômegas era cruel e mesquinha com Dan, e que outras coisas nunca foram exatamente favoráveis a ele, mas até um egocêntrico lutador saberia que aquela primeira reunião com os advogados foi como um desfile de crítica.

Em parte, por Dan ter insistido em pagar sozinho um advogado, mas Jaekyung já tinha uma equipe de advogados para cuidar de assuntos da carreira. O que levou a ser uma sala fria e sufocante, com um representante da equipe jurídica alegando que o divórcio era um capricho frustrante para ambas as partes.

Jaekyung havia pedido para não pegarem pesado, que Dan só estava confuso e que estavam em uma crise. Mas dentro da sala, a equipe fez questão de apontar que aquele casamento não foi discutido antes de acontecer. Afinal, Dan contou que estava grávido e Jaekyung teve o impulso de se casarem e o marcar. Mas por tudo ter sido rápido demais, nunca conversaram sobre burocracias importantes, as mesmas em que os advogados apontaram sem um tom gentil.