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Capítulo V

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Capítulo V

O grito agudo de Sirena ecoou pela sala, interrompendo o silêncio da manhã. Seu corpo estava coberto de suor, e o peito subia e descia com dificuldade. A sensação de terror a envolvia, como se ainda estivesse dentro do pesadelo que a havia acordado. Seus olhos, ainda pesados de sono e cheios de pânico, fixaram-se no teto, tentando afastar as imagens aterrorizantes que a atormentavam.

A porta do quarto de hospital se abriu abruptamente, e Carlisle entrou com rapidez. Seus olhos, carregados de preocupação, varreram a sala em busca de qualquer sinal de perigo. Ele se aproximou com passos largos e apressados.

— Sirena, você está bem? — a voz de Carlisle estava carregada de ansiedade e cuidado. Ele se inclinou um pouco mais, observando-a com atenção.

Sirena tentava recuperar a compostura. Inspirou profundamente, lutando contra a onda de pânico que ainda a dominava. Seus olhos, que antes estavam fixos no teto, se desviaram para a janela, observando a chuva que caía lá fora. O som das gotas batendo no vidro parecia amplificar o caos interno que ela tentava controlar.

— Sim... foi só um pesadelo — murmurou, sua voz trêmula e baixa. Ela esfregou os próprios braços, procurando algum tipo de conforto.

Carlisle tocou levemente seu ombro, e ao sentir o leve estremecimento em sua pele, ele rapidamente retirou a mão, o desconforto evidente. Ele recuou um pouco, sua expressão carregada de preocupação e confusão.

— Desculpe, não queria te assustar. — A voz dele estava agora hesitante, quase cautelosa.

Sirena balançou a cabeça com um sorriso fraco, tentando aliviar a tensão que pairava no ar.

— Não foi isso, Carlisle... Eu só... fiquei distraída.

A distração era perigosa. Sirena sabia disso. Mostrar vulnerabilidade diante de Carlisle poderia comprometer tudo o que ela estava tentando construir. Mas o pesadelo não era apenas uma lembrança da noite. Era uma memória dolorosa, um flashback cru de tempos que ela queria esquecer, mas que ainda assombravam seus pensamentos. 

Flashback on

No fundo do oceano, Sirena se encontrava em meio a um ambiente que antes fora seu lar. Suas irmãs — Anubis, Zelena, Cariba e Miranda — estavam todas ali, e o ambiente estava carregado de uma tensão que rapidamente se transformou em crueldade. Sirena, ainda na forma de sereia, com sua cauda azul prateada cintilando na luz filtrada pela água, estava cercada pelas irmãs. Elas eram a força dominante e implacável em sua vida, mas naquele momento, a crueldade de Zelena foi exacerbada.

Zelena agarrou os cabelos de Sirena com uma força cruel, puxando-a para fora do oceano e em direção à superfície. A dor da areia quente queimava sua cauda, e Sirena, em um reflexo de sobrevivência, materializou suas pernas humanas, tentando se libertar da dor. Zelena ria, seu prazer crueldade evidente, enquanto arrastava Sirena pela praia, sem nenhum sinal de misericórdia.

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