• chapter three

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Isabel acordou ao som suave de uma brisa que entrava pela janela aberta

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Isabel acordou ao som suave de uma brisa que entrava pela janela aberta. Os primeiros raios de sol da manhã acariciavam seu rosto, e por um breve momento, quase esqueceu onde estava. O conforto da cama era um luxo que ela não desfrutava durante uma noite completa há muito tempo, e por um instante, se permitiu afundar mais profundamente nos travesseiros macios.

Mas logo, a realidade começou a se infiltrar em seus pensamentos. Esta não era a sua câmara de dormir no castelo de Newforks, e não havia a tapeçaria rústica nas paredes, tapeçarias essas que sua mãe tinha escolhido pouco antes de morrer. Este era um mundo estranho, repleto de pessoas que mal conhecia e em quem não sabia se poderia confiar.

Isabel abriu os olhos lentamente, examinando o quarto ao seu redor. Cada detalhe, desde os móveis modernos até a decoração minimalista, parecia estrangeiro. Aquelas vestes também, suaves e elegantes, mas faltava nelas a familiaridade e o peso de suas próprias roupas reais. Sentia-se exposta, quase como se estivesse disfarçada, mas não por escolha própria.

A morena levantou-se da cama com uma graça natural, uma característica de sua educação real, e caminhou até o grande espelho que ocupava a parede oposta. O reflexo que a encarava era o de uma jovem mulher com cabelos desgrenhados e pele pálida. Isabel ajustou a blusa emprestada e alisou a calça de tecido leve, tentando se sentir à vontade naquela segunda pele. Mas era difícil.

Sua mente a levou até os Cullen. Ela ainda não sabia o que pensar. Pareciam sinceros em sua oferta de ajuda, mas havia aprendido, da pior maneira, que as aparências podiam enganar. Em seu mundo, a traição havia vindo daqueles que ela menos esperava.

Sabia que precisava manter a guarda alta, mesmo que seus instintos lhe dissessem que podia confiar em Carlisle e em sua família. A lembrança de Elizabeth e da devastação que sua traição havia causado estava sempre presente, como uma sombra.

Estou perdida entre mundos, pensou Isabel, seus olhos fixos no espelho. E talvez nunca consiga voltar ao meu.O reflexo parecia responder a ela, como um lembrete silencioso de que, enquanto estivesse ali, teria que continuar lutando. Buscaria sua vingança, pelo seu povo.

Depois de lavar o rosto no estranho sistema de água limpa, a rainha de Newforks desceu as escadas da casa dos Cullen em silêncio, cada passo calculado para não fazer barulho. A casa estava estranhamente tranquila, mas uma leve murmuração de vozes a guiou na direção da cozinha. Ela não estava acostumada a esse tipo de silêncio; em seu castelo, sempre havia movimento, servos e guardas indo e vindo. Mas aqui, na casa dos Cullen, o silêncio parecia ter vida própria, quase como se escondesse segredos.

Quando chegou a cozinha, Isabel parou por um momento, ouvindo as vozes que vinham do outro lado. Reconheceu o tom calmo e maternal de Esme, misturado com a firmeza de Carlisle. Rosalie e Emmett estavam lá também, suas vozes mais baixas, mas cheias de uma energia contida. Entretanto, logo as vozes cessaram. Percebendo que já haviam notado sua presença, Isabel apenas terminou de adentrar a cozinha clareada com a luz natural que vinha das janelas.

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