O príncipe da máfia - Taekook (ABO)

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Durante os dias que passamos longe de casa, nós aproveitamos do conforto que era a casa de praia. Nós três pudemos ver o nascer do sol, assim como pudemos ver o mesmo se por. Nunca pensei que ficar acordado até tarde vendo filmes pudesse ser tão divertido. Provavelmente foi porque eles estavam comigo. Colocar Yeonjun na cama e ver ele dormir tranquilamente me deixava feliz. Assim como vê-lo sorrir e me dar bom dia, mesmo com o rostinho amassado por ter acabado de acordar. Além disso, Jungkook tem me apoiado bastante durante esses dias.

Pensei que pudéssemos continuar com essa paz, mas no momento, Namjoon acabava de me mandar uma mensagem alertando que meu avô já estava sabendo de tudo. Meu coração estava aflito. Meu coração pesava só de imaginar que eu precisaria me afastar do meu filho mais uma vez. Eu não queria isso. Eu não me submeteria ao papel de marionete novamente. Os protegeria com a minha vida!

- No que está pensando? – Jungkook perguntou. Ele estava encostado na porta de entrada do quarto – Fazem alguns minutos que está olhando o Yeonjun dormir, e nem se deu conta de que eu estava aqui.

- É mesmo? – tentei parecer despreocupado. Ainda que eu tentasse não demostrar, tenho certeza de que Jeon tinha percebido minha preocupação – Me desculpe por isso.

- Você é um pai coruja. – continuou – Desde que chegamos aqui, você tem se dado tão bem com ele. O Yeonjun também parece ter se identificado. Mesmo todos esses anos separados um do outro, a ligação entre vocês foi mais forte. Pai e filho...

- Não devia estar dizendo isso agora. E se por acaso ele ouvir?

- Mas você precisa dizer a verdade. – de fato eu precisava. Estava postergando isso por causa dessa paz que estávamos tendo. Porém agora, mais uma vez eu precisava tomar uma decisão importante.

Depois de me certificar que Yeonjun estava de fato dormindo, depositei demorado em sua testa e deixei o quarto. Jeon me acompanhou até o nosso quarto e eu fui direto no guarda roupa em busca de um envelope que vi ele guardar há alguns dias. Ao acha-lo, olhei o conteúdo.

- Nomes falsos e passaportes. Namjoon me enviou as instruções que te passou. – Jeon ficou em silêncio enquanto me deixava analisar aqueles documentos – Sair do país e levar uma vida tranquila com vocês dois é o que eu mais quero. Mas...

- Mas?

- Eu não quero simplesmente ir embora e deixar Namjoon e os outros. Eu também tenho a minha mãe... Se aquele velho foi capaz de controlar o próprio filho, enquanto ele estiver vivo, continuará usando o seu poder contra a própria família.

- Dizendo desse jeito, parece até que está pensando em...

- Sim. Kim Daeho, não pode continuar vivo. Se ele viver, todas as pessoas que amo estarão sempre em perigo. Por esse motivo eu preciso agir, antes que ele aja.

Jeon continuou me observando, até mesmo enquanto eu trocava de roupa. Eu não estava compreendendo tal atitude, afinal, certamente ele devia ser contra essa decisão que tomei. E quando eu menos esperava, senti ele segurar o meu pulso e me puxando para si, me abraçou.

- Tem certeza de que quer fazer isso? – perguntou – Mesmo que ele tenha feito o que fez, ele ainda faz parte da sua família. – continuava enquanto me envolvia contra seu corpo com todo o zelo – Você seria capaz de suportar a dor, o peso de algo assim?

Eu não sei o quanto isso poderia pesar na minha consciência, porque nunca cheguei ao ponto de matar alguém da família. Mas se eu fazendo isso, pudesse deixar Yeonjun, Jeon e os outros a salvo, acho que valeria a pena.

- Eu preciso fazer isso. – foi o que eu respondi antes de receber um beijo na testa – O que foi isso do nada? – Jeon abriu um sorriso mínimo.

- Um selo de proteção. – riu do próprio comentário – Apenas volte. Você precisa voltar para nós, mais do que tudo.