Sobrevivi

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E sim, faz pouquíssimo tempo que conclui duas outras histórias e eu já vim com mais essa...

Enfim, a ideia é que ela tenha poucos capítulos para que não se torne extensa e cansativa de ler. (Espero conseguir)

O primeiro capítulo está na visão do Jungkook.

Tenham uma boa leitura!
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As lembranças que tenho de quando eu era mais jovem não são as melhores. Minha mãe faleceu quando eu tinha apenas quatro anos e meu pai a partir desse acontecimento, passou a arrumar dívidas, gastando o que a gente não tinha com jogos, bebidas e outras coisas desnecessárias. Mas apesar disso, eu continuei frequentando a escola graças a bolsa de estudos que eu consegui devido às minhas notas.

No ensino médio eu sobrevivi por causa de uma outra bolsa de atleta que consegui ao fazer um texto de aptidão física. Eu tinha um porte atlético e por isso me dei bem na prática de vários esportes. Não foi uma época fácil, mas ainda assim eu sobrevivi. Mais um tempo se passou e eu consegui uma outra bolsa de estudos para a minha faculdade. O diferencial desta vez é que eu tinha que pagar um percentual todo o mês, e como arrumei um trabalho de meio período, não precisei me preocupar tanto assim.

Poderia dizer que tive muita sorte até completar os meus 24 anos. Eu achei que seria possível terminar a faculdade e continuar vivendo a minha vida se eu esquecesse o pai de merda que eu tenho, e quem sabe até seria capaz de sair do buraco onde ainda moro. Mas como nem tudo é um mar de rosas, ele resolveu se meter com alguém que não devia e por causa dele agora mesmo eu estava ajoelhado no chão molhado, com as mãos amarradas atrás das costas e olhos vendados. Eu nem sequer sabia onde estava, mas o cheiro de mofo misturado ao cheiro de óleo me deixavam enjoado.

Conseguia dizer que meu pai estava ao meu lado pois ouvia o seu choro enquanto implorava para que fosse solto. Provavelmente nem se importava pelo fato de eu também estar nessa situação. Bem, não esperava mesmo muita coisa desse merda. Pra ele, eu devo ter me tornado apenas um estorvo desde que minha mãe morreu.

- Por favor, poupem minha vida! Eu prometo que pagarei o que devo! – ele persistia – Querem a casa? Darei ela como um adiantamento! – soava desesperado.

Chegava a ser engraçado. Quero dizer, normalmente os alfas costumam estar no topo da hierarquia, mas nesse momento, isso não valia de nada. Na verdade, desde ele perdeu para a bebida e os jogos, seu subgênero passou a não valer mais nada.

- Se não querem deixar rastros de que mataram alguém, devia ao menos calar a boca desse velho. – falei sem demonstrar muito interesse.

Pensando bem, se eles querem nos matar – seja de uma facção, máfia ou o que for – os barulhos que fazemos não deve ser de muita importância. Se eles quiserem calar alguém, conseguiriam sem muito esforço.

- Mas que porra... – murmurei a última frase. Morrer num lugar desconhecido não estava nos meus planos, ainda mais com esse cheiro insuportável.

- Um não para de implorar pela própria vida e o outro não parece estar nem aí para o que está acontecendo. – eu ouvia os passos de alguém se aproximando. Pelo som, tinha parado de frente para nós dois. E pelo feromônios...

- Jovem mestre, o que faremos com eles? – perguntou um dos que estavam atrás de nós. Estes eu conseguia dizer que eram betas, já que não tinham um cheiro específico.

- O velho está devendo uma grande quantia em um dos cassinos em que frequentava, enquanto o filho... Bem, acabou sendo arrastado para os problemas do pai. – ouvi a risada cínica – O que eu devo fazer?

O príncipe da máfia - Taekook (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora