Capítulo 9

100 5 0
                                    

Apesar da decisão repentina, visão de Penélope, seus cunhados se colocaram a disposição a ajudá-los para que partida apesar de desconfortável fosse agradável, no máximo possível, seriam três dias de viajem, a propriedade fica a um dia, mas Benedict havia planejado mostrar alguns lugares a Penélope. Apesar de estar ansiosa por chegar na propriedade, ficou feliz em saber que teriam um tempo deles. E ainda mais pensado por Benedict para eles.

Anthony cedeu o cocheiro que o acompanhou para ir com o irmão.

O sol ainda se fazia presente no céu quando os recém casados se despediram da família e entram na carruagem. As crianças estavam festejando a partida dos tios, para eles seriam mais uma casa para se visitar durante a temporada de campo, mesmo que todo soubessem que pelos próximos três meses o casal ficaria afastado.

Penélope entrou primeiro, sentando-se no meio do banco, quando Benedict entrou na carruagem, ficou chateado, eles queriam ir ao lado de sua mulher, mas sentou frente a dama que exibia um sorriso esplendoroso fazendo que ele esquecesse a chateação.

Apesar do silêncio que reinava na carruagem desde a saída da casa de campos dos Featherington, não havia constrangimento, mas um ambiente agradável, ambos sorriram de maneira natural e leve.

Benedict - Porque não deixou que se sentasse ao seu lado?

Penélope que observava a paisagem pela janela foi pega desprevenida, agora não estava mais no meio do banco, estava em uma das pontas olhando fixamente a paisagem.

Penélope - Eu não fiz isso... -sua resposta havia sido mais natural impossível, sua cara expressava confusão e sua voz carregada de dúvidas mas uma pitada de certeza que não havia feito-.

Benedict - Você se sentou no meio do banco assim que entramos. Mas agora não está mais. -disse gesticulando-.

Penélope - Eu me sentei como mandam as regras quando se está acompanhando. -sua expressão de confusão aumentava mas tinha certeza que havia feito certo ao se sentar no meio do banco- Não estou entendendo oque fiz errado.

Benedict se levantou, sentou-se ao lado da dama que emitiu um "a" de surpresa, mas permaneceu ao seu lado olhando como se quisesse solucionar um enigma.

Benedict - Essas estúpidas, mas respeitosas regras, são para os solteiros! Somos casado! Então lhe imploro não negue que eu fique próximo. -disse em súplica-.

O cavaleiro não disse mais nada, mas continuou sentado ao lado da dama, agora com as mãos entrelaçadas. Penélope nunca havia entrelaçado as mãos de maneira tão íntima, seu corpo sentiu uma corrente elétrica passar por si. Era reconfortante. Extremamente deliciosa, aquela sensação de cuidado. Estava feliz, muito feliz na realidade.

Benedict carregava sua esposa nos braços e escadas acima da estalagem, como havia recomendado o cocheiro persistindo na estrada até que o sol sumisse no horizonte e parariam na primeira cidade após o sol se por. E assim fizeram, Penélope que dormia na carruagem, sono esse que a roubou sem que percebesse, a despertou em um momento muito cavalheiresco do marido.

Um medo a dominou, medo de machucar seu marido que a levava nos braços mesmo com seu peso. Parecia que o cavaleiro carregava uma pluma, a dama não sentia nenhum desconforto além do cuidado que emanava das palmas das mãos do seu marido que estava em contato com sua pele.

Seus olhos ainda se mantinham firmes e fechados, maior que a vergonha de fazer seu marido a carregar seria ver que algum os observava mesmo que só uma. Como pudera adormecer?  Era a pergunta que rondava sua mente até a voz sedutora do marido alcançou seus ouvidos. 

Benedict - Pretende fingir que está dormindo até quando? -disse suavemente com sua voz rouca, sua mente havia lhe pregado peças após sua esposa acordar, ele havia percebido  suas palpebras tremendo no instante que sua esposa acordou em seus braços, ele já estava próximo ao quarto dito pelo hestaleiro- Assim que acordou percebi. -abriu a porta e levou sua ruiva até a cama-.

Segundas chancesOnde histórias criam vida. Descubra agora