QUERIDA HIDALGO ↯ ᵘʳʳⁱᵈᵃˡᵍᵒ

Cap. 01

POV. Sabina

01:20h AM - segunda-feira

Apesar de ser a primeira vez transando com ele, suas mãos parecem conhecer cada parte do meu corpo.

Sinto ele me tocando como se eu fosse toda sua essa noite. Isso está me fazendo ficar totalmente submissa a ele, e eu gosto disso.
Sei que ele gosta também pois sinto seu esperma caindo de pouco a pouco em minhas costas.

Isso fez minha intimidade pulsar. Mesmo que eu tenha gozado duas vezes meu corpo implorava por mais!

Olhei para trás e o vi olhando para cima, cheio de suor em seu corpo enquanto uma mão estava em seu pau e outra ainda em minha cintura.

— Nas minhas costas, sério? - Falei enquanto me esforçava a ver o estrago que fez em minhas costas.

Bom, na verdade eu não chamaria de "estrago". Gostei de ver que eu causei isso em um homem tão gostoso como ele.

— Eu ia dentro, mas não sei se você usa algum tipo de contraceptivo. - Ele se levantou da cama e abriu a gaveta de sua mesa de cabeceira, pegando um papel higiênico para limpar minhas costas - mas espero que use, já que começou a sentar em mim sem nem mesmo deixar eu pegar uma camisinha - riu

— Claro que uso, não sou idiota - Revirei os olhos - O problema vai ser ir embora desse jeito. Só o papel higiênico não vai adiantar, vou passar uma água. - Me levantei aos poucos enquanto Noah amassava os pedaços de papel em sua mão

— Não é idiota por não usar contraceptivos, mas é idiota por achar que você vai embora essa hora. Vamos tomar banho e depois te empresto uma camisa. Amanhã de manhã você vai na tal entrevista. - Deu uma piscadinha em seguida de um sorriso de canto

Só pode ser um sonho eu ter dado para esse homem!

Não sou o tipo de mulher que sai transando com qualquer homem que vê pela frente, não mesmo! Mas Noah parece ser o tipo de homem que não só escuta mas também compreende quando falo. E isso me dá Tesão.

Afinal, valeu a pena sair para beber em pleno domingo...

💭

20:30h PM - domingo

POV. Sabina

Encostada no balcão desse bar, só consigo pensar em como está tudo tão difícil ultimamente, não quero pedir ajuda de ninguém. Nunca precisei e não vai ser agora que vou precisar... Mas se continuar assim, não vou ter outra saída a não ser recorrer ao meu ex-marido. Que merda!

— Tudo bem? - Escuto uma voz masculina e levanto minha cabeça para olhar

— A quanto tempo está aí? - Perguntei, após ver um homem aparentemente alto sentado ao meu lado

— Cheguei não faz muito tempo, mas já deu para perceber que tem algo de errado com você. Gostaria de conversar?

— Eu nem conheço você... - Franzi a testa

— Pois bem! - O homem estendeu a mão - Prazer, me chamo Noah Urrea. E você? - Sorriu, me fazendo soltar um sorriso também.

É a primeira vez que solto um sorriso hoje.

— Me chamo Sabina Hidalgo.- Apertei sua mão

— Então, Querida Hidalgo, o que está chateando você essa noite? - tomou um gole de seu drink

Não desabafei sobre o que está acontecendo com ninguém até agora, e eu sinto que realmente preciso colocar isso para fora. Para pelo menos sentir um milésimo alívio

— Eu... recebi um aviso de despejo do proprietário do apartamento em que eu moro.

Olhei de volta para Noah e gostei do seu olhar. Não era um olhar de alguém que estivesse pensando "coitadinha", e sim um olhar de alguém que está pensando "Poxa, isso é uma merda"

Não era um olhar de pena, e sim de empatia.

— Mas qual o motivo desse aviso?

— Fui demitida do meu emprego vai fazer um mês. Para conseguir colocar comida na mesa para minha filha, tive que pegar o dinheiro do aluguel... Quando fiz isso nem pensei no aluguel, só estava me importando com minha filha.

— Eu não julgo você. - Sorriu sem mostrar os dentes - Qual o nome da sua filha?

— Mavie, ela tem 8 anos. - Voltei a sorrir

— Aposto que é linda igual a mãe! - Ele é direto - Não apareceu nenhuma oportunidade de emprego até agora?

— Apareceu sim, amanhã tenho uma entrevista às nove horas em uma empresa que aparenta ser bem grande, então não posso decepcionar. - Soltei uma risada junto com Noah

— Aposto que ira conseguir, vejo talento em você, Hidalgo. - Que sorriso, Deus! - Mas, caso não valorizem seu talento...

O moreno pegou um guardanapo e tirou uma caneta do seu bolso, escrevendo algo no local.

— O que está... - Fui impedida de continuar a fala

— Este aqui é o meu número de telefone. - Ele dobrou o papel - Conheço um lugar que com certeza irá contratar você.

Noah chegou mais perto e colocou o pedaço de papel delicadamente preso entre a pele do meu decote e minha blusa.

Acabei me arrepiando sentindo seus dedos no colo do meu seio, e ele percebeu isso, pois vi seu sorriso de canto.

— Me desculpe se fui abusado por colocar o número do meu telefone em seus seios. - Falou com a voz um pouco mais rouca, um pouco mais perto de mim

— Tudo bem. Na verdade você tem que se desculpar por não estar colocando outra coisa em mim... - Respondi

Seu sorriso aumentou mais ainda enquanto trocamos olhares, e quando percebi, estava chupando o pau de um desconhecido gostoso na casa desse desconhecido gostoso.

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