⭐ - O sequestro planejado.

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Era uma noite calma no reino, com a lua iluminando os jardins que se estendiam ao redor do castelo. Dentro das muralhas do palácio, no entanto, a serenidade estava longe de ser a norma. O rei Orion estava angustiado, observando a esposa, Andrômeda, em sua cama, debilitada pela doença que a acometera durante a gravidez. A rainha dormia profundamente, lutando contra a enfermidade que ameaçava sua vida e a do filho que estava por vir.

Orion e Andrômeda haviam celebrado a chegada de seu primeiro filho, Sirius Black, um ano antes. Sirius, com seus olhos e cabelos castanhos e cachos exuberantes, encantara a todos com sua beleza. Agora, a notícia da nova gravidez de Andrômeda deveria trazer alegria, mas em vez disso, a condição de saúde da rainha mergulhara o reino em desespero.

Sem outras opções, o rei recorreu a uma bruxa chamada Walburga, que vivia afastada do reino. Walburga, ex-amante de Orion, ainda guardava ressentimentos pelo término de seu relacionamento. A ajuda dela parecia a última esperança do reino. Walburga aceitou o pedido de ajuda, oferecendo uma poção que prometia curar Andrômeda. No entanto, a poção tinha uma condição: o poder curativo seria transmitido ao filho ainda não nascido.

Desesperados, Orion e Andrômeda aceitaram a oferta. A poção foi administrada, e, em poucas horas, Andrômeda recuperou-se e voltou a ser saudável. Algumas semanas depois, o segundo filho da realeza nasceu em um pôr do sol brilhante. A rainha, o rei e Sirius estavam encantados com o recém-nascido, que dormia tranquilamente no colo da mãe. Exausta após o parto, Andrômeda entregou o bebê a uma empregada e decidiu descansar.

Quando o relógio marcou 23 horas, todos foram para seus aposentos, ignorando o que estava prestes a acontecer naquela noite aparentemente tranquila.

Nas semanas que se seguiram, os ingredientes e poções de Walburga foram confiscados pelos guardas do reino. A bruxa, enfurecida e traída, viu uma oportunidade de vingança. Ela sabia que o segundo filho de Andrômeda, que recebeu o nome de Regulus, possuía o poder de cura concedido pela poção. Walburga decidiu que tomaria Regulus para si, planejando usar seus poderes para garantir sua própria imortalidade e vingança contra Orion.

Naquela noite, quando as luzes do castelo se apagaram, Walburga se esgueirou pelas sombras. Com um plano meticuloso, ela entrou no castelo através de uma janela, subindo até o andar onde Andrômeda e o bebê dormiam. Ao ver o pequeno Regulus, Walburga hesitou por um instante, mas a ambição e o egoísmo falaram mais alto. Ela pegou o bebê no colo e se preparou para sair.

Um alarme soou, ecoando pelos corredores e alertando os guardas sobre a presença de um intruso. Walburga, com o bebê em seus braços, saltou pela janela e desapareceu na escuridão. Os guardas, vestindo suas armaduras e pegando suas armas, correram para o local, mas quando chegaram, encontraram o quarto vazio. O berço estava desocupado e a única evidência do crime era a janela aberta.

Os guardas alertaram rapidamente Orion e Andrômeda, que foram despertados da inquietação de sua noite. A tristeza e o pânico tomaram conta do castelo, e Sirius permaneceu inconsciente, poupado da dor que seus pais e o reino estavam enfrentando.

Walburga, enquanto isso, se afastava do castelo, dirigindo-se a uma torre oculta que havia encontrado semanas antes. Com a decisão de se mudar e criar Regulus naquele lugar isolado, ela planejou mantê-lo longe de todos e preservar seu segredo sombrio. A bruxa acreditava que, ao manter o garoto preso, conseguiria permanecer jovem para sempre e garantir seu domínio sobre o reino.

Enquanto a dor do desaparecimento de Regulus se espalhava pelo reino, Orion, Andrômeda e Sirius viveram meses de luto e tristeza. Em homenagem ao filho perdido, o reino estabeleceu um ritual anual: no aniversário de Regulus, lanternas voadoras, lembrando estrelas, eram lançadas ao céu na esperança de que, se Regulus estivesse perdido, soubesse o caminho de volta para casa.

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