04. Gattaz e Rosamaria (PART 01)

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Caroline pov"

Estou totalmente desgostosa com as minhas serviçais, hoje em dia não se faz mais criadas como antigamente. Quando assumi a coroa há uns vinte anos atrás tinha apenas duas moças que trabalhavam pra mim, mas parecia que tinha dez pessoas, visto que elas eram bem zelosas e caprichosas a ponto de fazer todo o serviço necessário.

Diferente de agora que tenho mais de cinco e toda semana estou demitindo uma. A maioria é tudo respondona e briguenta, não querem fazer seus serviços e ficam jogando seus trabalhos uma pra outra, se não é isso não me respeitam e acham que podem bater de frente.

Não tenho paciência e nem mais idade para isso, mando logo matar. Subalternos bons a gente mantém conosco até a morte, os ruins devem ser descartados. A princípio eu boto todas elas para fora sem um centavo no bolso, se me afrontarem ou fizerem uma merda muito grande é morte na guilhotina.

Essa semana me livrei de duas que queimaram meu vestido importado e destruíram meu pó de arroz, as jovens de hoje em dia não sabem fazer nada, nem ferver um leite. Neste exato momento me encontro apenas com uma que me acompanha em meus exercícios, nos meus passeios e me dá dicas de beleza.

"Vossa alteza, com licença, suas vestes já estão prontas para o passeio."

Fui interrompida da minha leitura por Roberta, minha criada, avisando que daqui a pouco iriamos sair. Apenas a olhei e ela assentiu saindo da biblioteca. São duas da tarde e eu ainda não havia tomado banho, pois como citado, perdi uma criada nesta semana e como desde pequena faço meus banhos acompanhas, está difícil conciliar isso sem ajuda de alguém.

Me levantei e segui pelos corredores do castelo em direção ao meu quarto. Ao abrir a porta fui tomada por um cheiro de sais de rosas que eu costumo usar para me banhar e pude notar no meio do cômodo minha banheira posta cheia d'água. Olhei rapidamente para os cantos do a fim de achar Roberta e dispensá-la, uma vez que não é essa sua função.

"Roberta?" minha voz ecoou pelo espaço.

Cheguei mais perto da banheira sem entender quem havia feito todo aquele preparo, verifiquei meu closet e depois o lavabo, mas sem sinal. Suspirei, aceitando que alguém havia feito aquilo para mim e comecei a retirar meu longo vestido de várias camadas até ficar só com as roupas de baixo, era assim que me banhava.

A água parada na bacia está quente do jeito que eu gosto. Após estar livre de roupas, adentrei na banheira sem pensar duas vezes e na medida que meu corpo ia mergulhando minha mente relaxava. Meus cabelos agora soltos necessitavam urgentemente ser lavados, assim como eu.

De olhos fechados ouvi o ruído da porta se abrindo, não me mexi e continuei da forma que estava esperando a presença se aproximar de mim, mesmo sem saber quem era.

"Preciso que me banhe e lave meus cabelos." ordenei.

A presença não falou nada, apenas senti ela se aproximando de mim a ponto de eu sentir seu cheiro, parecia algo como lavanda ou erva doce, não consegui identificar de primeira. Não demorou muito e minhas costas se contraíram com o toque leve da esponja sobre ela, rapidamente me desencostei da banheira e respirei fundo.

A leveza com a qual a indivíduo massageia minhas costas está me deixando agoniada, era pra esfregar com força se não a sujeira não ia sair. Sem paciência com a lerdeza dela, abrir olhos e virei o rosto para ver quem era a pessoa e fiquei encantada.

Fui de encontro a um par de olhos verdes nunca vistos antes, a cor verde água sempre me fascinou, a dona desse par de esmeraldas me encarou com uma expressão de medo, seus doces lábios se entreabriu como se fosse falar algo, mas não saiu som algum. Notei suas bochechas rosadas e bem desenhadas, os cabelos loiros como os meus, porém presos numa touca branca fazia par com seu uniforme de criada.

One shot - Atletas femininasOnde histórias criam vida. Descubra agora