Luiza pegou um cd dentro da caixa, colocou no aparelho e deu play. Se aconchegou no pequeno sofá que havia em frente a cama. Uma imagem com dia ensolarado começou.- Talvez o amor já estivesse em mim. Talvez eu só precisasse encontrá-lo... E me dar conta dele – Ponderou – Sei que fui muito cabeça-dura e até infantil em relação a isso, mas entenda... Queria apenas me proteger.
Luiza estava com os braços encostados na grade da sacada da casa de Angra, a vista era do mar. Ela usava uma calcinha fio dental preta e uma camisa com alguns botões abertos. Valentina por sua vez, era quem estava por trás da câmera, ela posicionou o objeto de modo que pudesse filmar a vista e as duas. Ela estava de camisetão branco de pano tão fino que era possível ver seus mamilos, mas não dava pra ver se ela vestia alguma peça íntima na parte de baixo.
- E você conseguiu o que queria?
- Não seja irônica.
- Mas você tem que admitir...
- Ok – segurou o riso - Eu admito... Estive errada todo esse tempo. Você estava com a razão, pela primeira vez na minha vida, devo acrescentar!
- Engraçadinha!
- Mas aprendo rápido: Juro que não irei fazer promessa alguma sobre não me apaixonar novamente. – disse mostrando as mãos - Não que agora julgue necessário, se quer saber! – a olhou de lado.
- Não falta mais nada? – perguntou provocativa.
- Então está bem – suspiro resignado. - Estou apaixonada!
- Uau!
- Não, não fique surpresa. A culpa toda foi de uma certa estúpida!! - sorriu – Agora, MINHA namorada. De VERDADE, só para frisar.
- É. Eu sei disso. Mas ela não se arrepende de nada, sabe? Na verdade, o plano dela era apenas tirar essa idéia maluca da sua cabeça.
- Não é uma idéia tão maluca assim! - Protestou.
- Não, não é Luiza! - respondeu virando os olhos e suspirou ao imitar a pose dela - O plano nunca foi me descobrir apaixonado por você.
- Eu entendo bem o quer dizer... Nunca vou saber muito bem o que me atingiu. De uma hora para outra estava apenas fingindo ser sua namorada e então eu realmente me comportava como tal... Patético não?
- Não... Na verdade, eram nesses momentos que gostava mais da idéia 'genial' que tive! – sorriu.
- Não posso negar que gostava de encenar tudo aquilo, ainda mais quando estávamos perto das animadoras de torcida! – ela movimentou as mãos no ar e se virou para olhá-la.
- Mas então me diga, qual sua posição atual sobre o amor?
- Vamos lá, primeiro: ainda acho perigosíssimo... Mas quero acrescentar alguns outros pontos.
- E quais seriam? – a olhou com curiosidade.
- Pra começar ele é viciante, ou talvez seja você – sorriu marotamente enquanto se aproximava – O amor também é embriagante e se não tomarmos cuidado, nos perdemos facilmente... Como é o meu caso! – ela começou a abrir os botões de sua camisa.
- Não, gata – observou cada movimentos dela - É o meu caso. Isso acontece, 'inexplicavelmente' quando estou ao seu lado! – mordeu o lábio inferior.
O sorriso dela cresceu – O amor também causa tontura. E é torturante... principalmente quando faz tudo parecer nada enquanto olho em seus olhos... Ou talvez, como já disse, seja apenas você, Valen. E seus olhos e mãos e pescoço e boca...
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Paixão em jogo - A aposta
Fiksi PenggemarElas não se bicavam mas, entraram no jogo. Agora que seja pra vencer!