Passar dias na minha própria casa foi como uma tortura lenta e dolorosa – tentei ocupar minha mente com tudo o que era preciso até porque mente vazia oficina do diabo.
Mudei alguns móveis de lugar, tentei tirar coisas que lembrava minha ex-mulher e comecei a fazer exercícios. Meus dois dias foram completamente salvo de tédio, mas o próximo foi como uma tortura: tive que procurar algo para fazer. Por sorte, lembrei da maldita receita que o médico tinha passado, com alimentos saudáveis que fez soltar um resmungo. Compras nunca foram o meu forte e era tarefa sempre ficava com Roseane.
Era uma terça-feira comum, fui até um mercado que não ia a bastante tempo e fui procurando as coisas na minha lista estúpida. Honestamente, já estava começando ficar irritado de ficar em casa sem saber o que acontecia dentro do batalhão.
Estava procurando por frutas e legumes, caminhei até a sessão e procurei pela coisas na lista. Enquanto andava pelas sessões do que eu que necessitava, olhei em volta para checar tudo se estava tudo normal; um costume de policial que acabei adquirindo fora do meu serviço.
Meus olhos foram – sem nenhuma surpresa – para a mulher que reconheci de longe. Era impossível não conhece Heloísa de longe, seu cabelo e sua silhueta estava começado a fazer parte do meu cotidiano novamente e isso estava começando a me assustar pra caralho.
Pensei em falar com ela, não estávamos muito longe um do outro e tentei pensar algum motivo para chegar até ela, porém parecia concentrada olhando para suas laranjas pacientemente. Franzi meu cenho ao notar meu pensamento, por que queria ir até ela? E por que fiquei nervoso de pensar em conversar com ela? Escondi essas perguntas no fundo da minha mente e resolvi olhar para mulher.
Heloísa parecia concentrada em sua caçada as frutas, olhava com atenção e colocava no carinho depois de muito análise. Não deixei de notar sua beleza, era quade impossível nesse caso: estava Muri bonita como sempre, os seus cabelos estavam soltos por sua costas e usava um vestido simples branco cobrindo sua pele. Eu não poderia negar que eu ficava observando sua beleza nas últimas vezes que vimos, mas vê-la de forma tão natural sem ser no espaço de meu trabalho tinha me deixando mais encantando do que o comum.
Fiquei observando o que pareceu horas, minha mente me levou para quando éramos mais jovens e de quando não tinha muitas preocupação além de saber quando iríamos nos encontrar ou para evitar que ficava de castigo por chegar tarde em casa. O velho surtava com nosso relacionamento e não sei como não proibiu de ver-lá, acabei sorrindo ao entrar naquelas memórias.
Infelizmente, lembrei do dia que terminamos e sinto que isso irá ser um lembrete toda vez que a encontrava. Bem, eu que havia fodido tudo e era isso que merecia.
Desviei minha atenção que foi longe demais e procurei por Heloísa. Ela estava perto de mim perto das maçãs e meus ombros ficaram intensos com sua aproximação. Seu olhar ergueu-se na direção dos melões que estava e foi inevitável não me vê agora.
— Fazendo compras também? — perguntou sorrindo e aproximando com seu carinho pegando um melão e analisando.
— Tentando. Uma velhinha roubou o melão que eu queria — murmurei fazendo soltar uma risada. Sua risada fez meu estômago revirar de nervosismo.
— Sinto muito, Roberto — sorriu analisando os melões pacientemente — Como está?
— Melhor. — digo passando a mão pelo meu cabelo. — Não vejo a hora de volta para delegacia.
— Só se passaram poucos dias, achei que gostasse de tirar um tempo para você — comentou olhando para mim rapidamente e desviando o olhar em instantes. — O seu trabalho é duro e árduo... sua pressão caiu de tanto exaustão causando pelo seu emprego.
VOCÊ ESTÁ LENDO
taste | capitão nascimento
RomanceRoberto e Heloísa namoraram durante a juventude por um tempo, no entanto, por diferenças entre ambos acabaram terminando. Anos depois, eles se reencontram por acaso com Roberto entrando em divórcio e Heloísa namorando um Tenente. 16+ | romance