Capitulo 6

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//* gente, desculpa pela demora, vou tentar postar com mais frequência agora, e como pedido de desculpas, o que vocês acham de um hot??

Giulia

Após aquele beijo as coisas mudaram, somos amantes já a 1 mês, mas apenas quando estamos sozinhas, fingimos ser apenas amigas na frente dos outros, até dos nossos amigos, pois temos medo da reação deles, na verdade tenho a impressão de que só eu tenho, e de que Emilly só não contou porque eu insisti, estranhei, afinal é ela quem tem um namorado.
Eu não entendo o que acontece entre eles, eles não se beijam e agem como melhores amigos, e quando eu pergunto para Emilly o por quê ela responde com "é complicado" e muda rapidamente de assunto.

Emilly

Hoje faz um mês q eu e a Giulia começando a ficar e estou preparando uma surpresa para ela na minha casa, vou pedi-la em namoro, nunca fiquei tão nervosa.
Minha irmã e o Erik estão me ajudando, ela com a decoração e ele destraindo a Giulia na escola, eu não respondi as mensagens dela e nem a vi na escola, ela ficou preocupada e logo vira para a minha casa.

//*mensagens no WhatsApp*//
Éric: Ela acabou de sair da escola, não deu para segurar mais, mals
Eu: Tudo bem, acabamos de terminar aqui!!! Ela tá de carro??
Éric: Não, ela tá indo a pé.
Eu: Okay. Obg lindo :)
Éric: Nd, e não se esqueça: eu shippo kkkkk
Eu: kkkkkk
//*fim das mensagens*//

Já que a Giulia estava chegando minha irmã resolveu sair de casa, ela foi dormir na casa da amiga e, como nos tornamos melhores amigas, a Giulia não precisa pedir aos pais para dormir aqui e hoje com certeza o faria.

Giulia

O que aconteceu? Será que ela está bem? Será que está brava comigo? Vou descobrir agora.
O Éric me chamou para descutir sobre seriados (ambos amamos Glee), ele estava estranho e quando eu falei que tinha que ir pra casa da Emilly e não dava para esperar ele pareceu mais disposto ainda a conversar, acabei de conseguir me livrar dele, e estou a caminho da casa dela.
Cheguei, algo está estranho, o carro da irmã dela não está na frente da casa E está tudo apagado.
Fui bater na porta, mas a mesma estava aberta, estranhei mais ainda. Entrei e me deparei com várias pétalas de rosas vermelhas que formavam um caminho, o mesmo estava iluminado por velas, não de verdade, mas lâmpadas que imitam velas. Segui o caminho que levava até o quarto da Emilly já com lágrimas nos olhos (sou meio emotiva) imaginando o que a ela estava aprontando.
No quarto sou surpreendida pela Emilly sentada na cama com o violão no colo. Ela olhou para mim, sorriu, aquele sorriso de lado pelo qual eu me derreto toda, me pediu para sentar na cadeira e começou a tocar.

Emilly

Nunca tive coragem de tocar ou cantar na frente de ninguém, mas a Giulia não é ninguém, estou apaixonada por ela, e precisava fazer isso, eu cantei o que eu sentia.

Não consigo olhar no fundo dos seus olhos
E enxergar as coisas que me deixam no ar, deixam no ar
As várias fases, estações que me levam com o vento
E o pensamento bem devagar
Outra vez, eu tive que fugir
Eu tive que correr, pra não me entregar
As loucuras que me levam até você
Me fazem esquecer que eu não posso chorar
Olhe bem no fundo dos meus olhos
E sinta a emoção que nascerá quando você me olhar
O universo conspira a nosso favor
A consequência do destino é o amor
Pra sempre vou te amar

Enquanto cantava, lágrimas silenciosas desciam pelo seu rosto e o seu sorriso se abria a cada palavra, cada palavra que possuía um significado, uma música que parecia ter sido escrita em nossa homenagem.

Mas talvez você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor não será passageiro
Te amarei de janeiro a janeiro
Até o mundo acabar
Até o mundo acabar
Até o mundo acabar
Até o mundo acabar
Mas talvez você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor não será passageiro
Te amarei de janeiro a janeiro
Até o mundo acabar
Até o mundo acabar
Até o mundo acabar
Até o mundo acabar
De janeiro a janeiro

Quando finalmente terminei, deixei o violão de lado e vou até ela, me ajoelho e digo:
- Giulia, a muito tempo não me sentia assim, essa música traduz o que eu sinto e com ela eu me declaro pra você. Giulia, você gostaria de ser minha namorada?
Ela abre mas o sorriso enquanto eu falo, mas o desfaz, e, como se jogasse um balde de água fria em mim, ela responde:
- Emilly, eu também te amo, mas não posso.

Giulia

- Emilly, eu também te amo, mas não posso.
Essas palavras saíram de minha garganta rasgando-a, queria mais do que tudo namorá-la, ela fez uma cara de triste e, com lágrimas que, diferentemente das minhas, eram de tristeza, perguntou:
- Por que?
- Como assim porque Emilly? Eu quero mais do que tudo, mas você já tem um namorado, eu me sinto muito mal por ser uma traidora, ele também é meu amigo e estamos o apunhalando pelas costas. Você acha isso certo?
De repente o rosto de Emilly, que antes estava feliz e logo depois ficou triste agora parecia está se divertindo.
-É por isso?!? - ela estava praticamente dando gargalhadas o que me deixava cada vez mais confusa.
-Porque é pouco??? - falei com raiva.
-Não, não, por favor não fique brava comigo, é só que, bom como eu vou explicar isso...Eu tinha me esquecido que fingia namorar o Éric, exatamente, a gente finge ser namorados, o Éric é gay, e eu sou lésbica, sabemos disso desde o ano passado, e, por causa do preconceito que havia na outra escola sofremos muito, era uma cidade pequena, todo mundo era cabeça quadrada.
"Esse ano aproveitamos a promoção que o pai dele recebeu no trabalho para mudar de escola e começar de novo, aqui poderíamos sair do armário em paz, minha irmã sabe e, como não tinha emprego por lá, apoiou nossa vinda.
"Só que o pai dele é homofóbico, e começou a desconfiar, resolvemos namorar, quando o pai dele chegou do trabalho fingimos que estávamos nos pegando e ele ficou super feliz.
"Por conveniência continuamos fingindo."
Agora todos os pontos se ligaram, os gritinhos do Éric, os jeito que eles conversavam (como melhores amigos), tudo. Me senti muito aliviada, não estávamos fazendo nada de errado.
- Bom, se é assim eu aceito.

Emilly

Fiquei mais feliz do que nunca. Ela aceitou. Sei que ficamos a pouco tempo, mas gosto dela desde o primeiro dia que ela dormiu em casa.

Conflitos internosOnde histórias criam vida. Descubra agora