5° capítulo: entre amigos e segredos

1 1 0
                                    


Hye-jin e Ana caminhavam em direção ao café do campus, enquanto o vento de outono agitava suavemente as folhas ao redor.

Hye-jin: - E então, o que achou da aula hoje? Pesada, né?

Ana suspirou, mas sorriu logo em seguida.
Ana: - Muito! Eu adorei a parte sobre Kim Sowol, mas confesso que quase me perdi em algumas palavras.

Hye-jin riu, amigavelmente.
Hye-jin: - Ah, isso é normal! No começo, parece que estão falando em outra língua...
Ana a encarou com uma sobrancelha levantada, e as duas caíram na risada.
Ana: - Bom, tecnicamente estão!

As duas ainda riam quando chegaram ao café e avistaram o grupo. Sun-hee acenou com entusiasmo, como sempre.

Sun-hee: - Ei, Ana! Vem aqui, a gente tem uma novidade!

Ana: - O que vocês estão aprontando agora? - disse enquanto se aproximava e puxava uma cadeira.

Jin-ho, sempre com um sorriso provocador, se inclinou sobre a mesa.
Jin-ho: - Não vamos estragar a surpresa, mas você vai adorar!

Ana olhou para eles desconfiada, mas ao mesmo tempo divertida.
Ana: - Ok, vocês estão me deixando curiosa. Não vou conseguir me concentrar em nada até saber!

Sun-hee trocou um olhar cúmplice com Jin-ho e riu.
Sun-hee: - Você vai descobrir mais tarde, prometo! Agora, sobre a aula... O que achou?

Ana se encostou na cadeira, relaxando um pouco.
Ana: - Achei incrível, mas admito que a parte do vocabulário me deu um nó na cabeça. O que vocês acharam?

Min-jun, que até então estava quieto, levantou os olhos de seu café.
Min-jun: - A parte do Kim Sowol foi interessante. Aquela poesia sobre saudade... - Ele fez uma pausa, olhando pensativo para a janela. - Me fez pensar em como essa sensação é universal, sabe?

Sun-hee assentiu energicamente.
Sun-hee: - Sim! É como se estivéssemos todos conectados pela mesma emoção, independentemente da língua. - Ela se virou para Ana, sorrindo. - E você, Ana, sente muita saudade do Brasil?

Ana pensou por um momento, mexendo no anel em seu dedo.
Ana: - Sinto, sim. Especialmente da minha amiga Mariana e da minha família. Mas, ao mesmo tempo, sinto que estou exatamente onde deveria estar agora.

Jin-ho: - Isso é porque a gente já te conquistou, né? - disse, piscando de brincadeira.

Ana riu.
Ana: - Ah, pode apostar! Vocês me ajudaram muito a me sentir em casa aqui.

Sun-hee: - E vai ficar ainda melhor! - Ela olhou para Jin-ho, mal contendo a animação. - Certo, agora eu preciso contar! Vamos fazer uma viagem no fim de semana!

Ana arregalou os olhos, surpresa.
Ana: - Uma viagem? Para onde?

Jin-ho: - Para Busan! Um fim de semana na praia antes o clima esfriar de vez. O que acha?

Ana sorriu amplamente, sentindo a excitação crescer.
Ana: - Eu acho... incrível! Claro que topo!

Enquanto conversavam, Ana percebeu que Ji-hoon, que estava um pouco mais afastado do grupo, mexia no celular distraído. O coração dela deu um pequeno salto, como acontecia sempre que ele estava por perto. Ela gostava dele há pouco tempo,mas ainda não havia criado coragem para falar sobre isso.

Ana: - E você, Ji-hoon? Vai para Busan com a gente? - perguntou, tentando parecer casual, mas sentindo um leve nervosismo na voz.

Ji-hoon olhou para ela e sorriu, guardando o celular no bolso.
Ji-hoon: - Claro! Não perco essa viagem por nada.

O sorriso de Ji-hoon sempre a deixava um pouco sem jeito, mas ela disfarçou, rindo com o grupo.

Sun-hee, percebendo a troca de olhares, não perdeu a oportunidade de provocar.
Sun-hee: - Hmmm, essa viagem vai ser interessante, hein?

Ana deu um leve empurrão em Sun-hee, tentando disfarçar o rubor nas bochechas.
Ana: - Para com isso!

Ji-hoon, alheio à troca de olhares entre as duas, apenas deu de ombros.
Ji-hoon: - Estou precisando de uma pausa, então essa viagem vai ser perfeita. Além disso, vai ser legal ter todo o grupo junto.

Ana: - Com certeza... - Ela sorriu, tentando manter a calma, mas por dentro estava animada com a ideia de passar mais tempo com ele.

Sun-hee, divertida, cochichou no ouvido de Ana:
Sun-hee: - Quem sabe essa viagem não te ajuda a falar com ele de uma vez, hein?

Ana corou ainda mais, mas riu.
Ana: - Você é terrível!...

Do Rio ao Han Onde histórias criam vida. Descubra agora