Muitos dizem que o futuro são frutos das nossas escolhas, que cada decisão tomada consciente ou inconscientemente nos levam a uma direção. E há quem diga que já nascemos destinados para algo na vida, seja para algo pequeno ou maior.
Honora é uma jov...
"O mundo é um lugar perigoso de se viver, não só por causa daqueles que fazem o mal, mas também por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer."
-Albert Einstein
As pessoas do castelo andavam de um lado para o outro finalizando os preparativos do baile que se iniciaria em algumas horas e o homem de cabelos loiros acompanhava o ritmo, porém seus preparativos eram outros. Indo para a ala da cozinha, avistou Sumália, uma mulher de cabelos castanho escuro e olhos do mesmo tom. Ela estava sozinha o que era um alívio para o homem. Se aproximando da figura de estatura média lhe deu um beijo terno na bochecha sorrindo.
-Como está indo os preparativos? -O homem falou se encostando no balcão encarando a mulher que vestia seu uniforme que era composto por um vestido cor creme e um avental branco. Sumália era sua amiga de infância, quando mais jovem ele sempre escapulia para o vilarejo ao sul da capital para vê-la e levar alguns presentes como roupas e comida, sempre que sua mãe permitia.
A jovem mulher olhou para ele lhe dando um sorriso um pouco tenso, ele compreendia, ela estava arriscando muito.
-Está indo tudo muito bem Xan, já preparei todos os vinhos -Ela disse olhando para os lados, como se tivesse medo que alguém pudesse ouvi-la- Eu estou com medo... Sei que é muito difícil de alguém desconfiar... -Ela suspirou passando o antebraço na testa já que suas mãos estavam sujas de farinha- E se algo der errado?
Xander se aproximou e colocou uma mecha do cabelo da jovem atrás da orelha e sorriu tentando tranquiliza-la
-Se algo der errado, o que não vai acontecer... Vai ter dois cavalos esperando pela gente -O homem de cabelos loiros olhou para a amiga pegando em suas mãos- A gente entrou nisso juntos, e vamos sair disso juntos... Acho que Honora está metida nisso também, mas... não sei o por quê -Ele suspirou, o que era verdade. Não entendia muito bem o que a jovem mulher fazia. O rei a tratava muito diferente de seus outros soldados, ela tinha privilégios, um cargo de alta patente que muitos sonhavam. E estava disposta a acabar com tudo por uma razão que lhe era desconhecida. O Major não sabia como chegar e conversar com a General sobre isso, visto que muitas vezes ela se encontrava fechada para muitos assuntos.
-Talvez ela só não simpatize com eles e quer ver os três se matando -Sumália sugeriu, e o rapaz franziu o cenho pensativo
-Não... Honora não simpatiza com muita gente, mas nunca a vi articulando contra nenhum deles... Tem alguma outra razão
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A noite chegou e Honora se olhava no espelho se encarando no vestido de tonalidade marrom acinzentado, a chefe de alfaiate disse na época que o nome do tom era gianduia, mas não fazia muita diferença para ela, continuava sendo marrom. O vestido transmitia uma imagem de beleza e fatalidade com metais de cobre projetados desde a gola, ombros e braços. Pelo corpete o cobre era visto num alto relevo espiralado, que desciam até a barra onde haviam algumas pedras brilhantes em tom de vermelho café. Aquele vestido não era um vestido novo, mas nunca fora usado. E o melhor de tudo, era fácil retirá-lo em caso de emergência.
