Prólogo

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Sentada em seu escritório mal iluminado com as sombras da noite projetando linhas longas e irregulares, suas mãos arranhavam sobre a superfície da mesa. Eram quatro da manhã e a sala estava cheia do som do relógio tique-taque.
Tique-taque, tique-taque-tique-tique-tique.

Mas o tempo parecia tão distorcido e estranho. Como se passaram apenas quarenta e oito horas desde que tudo isso começou quando, paradoxalmente, pareciam segundos, mas também anos.

O caso estava estagnado apesar dos três assassinatos. Seu "toque mágico" tinha acabado.
Ela sabia que não era mais a detetive que já foi. Há muito tempo, mas também apenas 48 horas atrás. O que havia mudado?

Ela?
O caso?
Os assassinatos?

Agnes suspirou e recostou-se na cadeira, a fumaça do couro enchendo seus sentidos. Como ela ansiava por um cigarro. Um uísque. O vício a chamava novamente — ela sempre lutou contra essa escuridão em particular. No fundo, ela sentia que algo estava faltando.

Três assassinatos em dois dias.
Rio Vidal.
Tudo parecia errado de alguma forma.

Agnes esfregou o rosto com as mãos e depois coçou o couro cabeludo, deixando suas madeixas negras mais bagunçadas do que já estavam. Tudo estava errado.

Ela estava perdendo algo. Algo grande. Nada era o que parecia ser.









Eternal Bonds | Agatha Harkness & Rio VidalOnde histórias criam vida. Descubra agora