De invisível a Inevitável

Acordo

Uma claridade suave passava pelas cortinas entreabertas, iluminando o quarto em tons dourados enquanto Sakura despertava lentamente. Ela esfregou os olhos, se espreguiçou no colchão macio e, em seguida, levantou-se e saiu do quarto.

Um enorme lustre com centenas de cristais cintilando à luz suave da manhã pendia do teto branco impecável, adornado com relevos de ouro e cenas mitológicas em estilo clássico, janelas gigantes, permitindo que a luz natural inundasse o espaço, criando reflexos dourados nas paredes revestidas de mármore polido, um chão de mármore claro refletindo a decoração rica, com móveis de madeira nobre adornados com detalhes em platina.

Essa era a visão que Sakura tinha todos os dias durante o café-da-manhã.

Apesar de toda a luxuosidade ao seu redor, Sakura sentia uma solidão esmagadora.O ambiente, que antes era aconchegante, agora parecia frio e triste, uma sensação que se instalou desde a morte de sua mãe.

A mansão, embora confortável e elegantemente decorada, carregava um peso de tristeza que nunca antes havia conhecido. Desde que sua mãe faleceu, a casa não era mais a mesma. O espaço que antes exalava calor e amor agora parecia um mausoléu, refletindo a ausência que a perda causou.

Sakura sabia que deveria superar a dor com o tempo, mas o sentimento de vazio era constante. Sentia como se sua felicidade tivesse desaparecido, e que sua família se desfez quando sua mãe se foi. Sem ela, havia uma lacuna que nenhum luxo ou conforto poderia preencher.

Sua mãe não estava mais ali para alegrar a todos. Seu pai se afundou no trabalho, passando a maior parte do tempo no escritório ou viajando a trabalho, ignorando a própria família, incluindo os filhos. O ambiente em casa se tornou um campo de batalha silenciosa onde a indiferença prevalecia.

Seu irmão, Hiroshi, deixou a casa para morar em outro país, e Sakura nunca mais teve notícias dele. Perdeu todos os amigos, e a sensação de estar completamente sozinha só se intensificava. Vivendo em uma eterna frustração, sentia-se como se estivesse em um espaço pequeno e sufocante, onde a angústia a fazia querer gritar e quebrar tudo ao seu redor. A tristeza e a raiva se misturavam, e ela se via perdida, incapaz de encontrar alívio em meio a um luxo que apenas acentuava sua solidão.

As lágrimas começavam a descer pela sua face, mesmo contra sua vontade, e, aproveitando que estava sozinha, Sakura se permitiu expressar toda a sua dor.

Ela bateu com força na cabeça, atirou os pratos que estavam na mesa e gritou com toda a força que podia.

...

Sakura

Coloquei uma blusa comprida branca por baixo de um colete xadrez e uma saia longa preta. Apesar do sol de manhã, o tempo havia mudado; o céu estava nublado e parecia que iria chover.

Estava me preparando para assistir ao jogo de basquete entre o time da Konoha High School, os Snakes, e o time da Suna High School, os Falcons. Meu motorista me levou até a escola onde a partida ocorreria.

Embora eu não goste da escola e das pessoas que a frequentam, eu fui para ver o Sasuke jogar.

Quando cheguei, o lugar estava extremamente lotado, quase não havia espaço nas arquibancadas. As líderes de torcida de ambos os times estavam se preparando para a entrada.

Finalmente, encontrei um lugar vazio de onde consegui ver Sasuke, que estava mais incrível do que nunca, conversando com o treinador Asuma e ao lado de Gaara.

Antes do início da partida, uma menina extremamente bonita, com cabelos castanhos e olhos cor de mel, depositou um beijo na bochecha de Sasuke. A cena me causou um certo enjoo e uma pontada de ciúmes.