13- Lua De Mel Diferente

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Era cedo quando Michele acordou. Estava decidida a se casar com Júlia de todo o jeito e já havia combinado tudo com sua melhor amiga.

Iria convidar Júlia para um passeio simples, e neste simples passeio estaria um juiz pronto para casar as duas. Michele estava convicta de que seu plano daria certo, então saiu em seu carro e foi para o apartamento de Júlia.

Assim que chegou lá, foi direto para o andar onde ficava a cobertura de Júlia, bateu na porta as 10 da manha muito esperançosa, e sem se importar se a atual noiva estava morando com ela.

Tocou a campanhia, e esperou pacientemente quando a porta foi aberta por Maria.

– Bom dia Maria, vim conversar com a Júlia, pode chamar ela pra mim por favor? — Disse Michele já adentrando a casa sem permissão.

– Sinto muito dona Michele, a dona Júlia não está. — Maria disse tranquilamente olhando para Michele que rapidamente mudou sua expressão.

– Onde ela está Maria? — Michele perguntou demonstrando certo incômodo.

– Ontem foi o casamento da dona Júlia com a dona Isabela. Elas dormiram na casa dos pais depois da festa por conta da dona Isabela que estava cansada por conta da gravidez. — Maria disse e Michele se alterou.

– O QUE? A Júlia já casou? Mas não era só na semana que vem? Porque apressaram o casamento? — Michele perguntou visivelmente alterada.

– Eu não sei dona Michele. — Maria respondeu.

Irritada, Michele saiu do apartamento e entrou no elevador discando o número da melhor amiga.

— Cancela tudo, pode despensar o juiz, a Júlia já casou. Eu não consegui ser rápida. — Michele disse ao telefone e desligou sem esperar sua amiga responder.

Saiu do prédio e entrou em seu carro irritadissima. Estava achando que seu plano daria certo e que ela finamente seria a senhora Monteiro. Mas não contava que apressariam o casamento.

"Eu deveria ter engravidado." Pensou.

Ligou o motor e saiu da frente do prédio de Júlia cantando pneus.

– Mas isso não vai ficar assim Júlia, nos ainda vamos ficar juntas, você vai ver. — Michele falava decidida para si mesma enquanto dirigia pela estrada.

Querida ter impedido, mas não chegou a tempo.

******

Isabela se levantou cedo aquele dia, foi ao banheiro, fez suas higienes, vestiu uma roupa mais confortável e desceu para tomar café.

Júlia ainda dormia quando ela acordou, então tentou fazer tudo silenciosamente. Logo após, saiu do quarto indo em direção a sala.

– Olá querida, bom dia. Como dormiu? — Marysa perguntou simpática assim que vuu Isabela descer as escadas.

– Dormi bem, obrigada. — Respondeu sorrindo.

– O café da manhã ainda está na mesa, nós pedimos para que não retirassem tão cedo, já que vocês deveriam estar cansadas. — Roberto disse e Isabela apenas agradeceu.

Indo em direção a sala de jantar, se sentou na mesa, pega do um suco de fruta e comendo apenas um pãozinho de queijo.

Enquanto comia, olhou para sua mão esquerda onde a aliança brilhava, engoliu o pão de queijo com o auxílio do suco e sentiu as lágrimas queimando seus olhos.

Ter recebido palavras duras de Júlia no dia anterior tinha a deixado pior. Saber que a esposa se sentia rejeitada pelos próprios pais não era algo que ela gostava. Pois sabia exatamente como era isso.

Isabela percebia que seus sogros gostavam sim de Júlia apesar dos limites impostos, ela sabia que eles realmente amavam muito a filha.

Mas como esposa, queria fazer com que Júlia não se sentisse tão rejeitada assim. Queria que ela se sentisse amada pelos pais, mas não sabia exatamente como fazer isso, já que Júlia se mostra a fechada para todo tipo de conversa.

Resoriou fundo e tentou controlar por várias vezes a respiração e terminou de comer se retirando da mesa.

Ainda faltavam algumas hora para o almoço, então decidiu ir até a área respirar um pouco.

Ela é Júlia não teriam uma lua de mel normal como todo casal, não tiveram noite de núpcias, apenas fariam uma viagem de um dia para Paris, já que na mesma semana teria uma consulta com o obstetra.

Júlia se levantou sentindo sua cabeça doer, foi em direção ao banheiro e tomou um banho bem demorado. Colocou uma roupa qualquer e desceu as escadas.

Seu estômago reclamou assim que ela sentiu o cheiro de comida, foi direto para a sala de jantar e deu apenas um aceno de cabeça para seus pais e a esposa.

Se sentou a mesa e se serviu apenas esperando apenas que o sermão começasse.

– O voo de vocês sai essa noite às 21:00 em ponto. — Roberto disse e Júlia respirou fundo se concentrando em sua comida.

– Vocês vão hoje, e retornam depois de amanhã. — Marysa disse logo após o marido e Júlia os encarou.

– Eu vou poder voltar pra empresa depois da viagem? — Júlia perguntou e seus pais ficaram calados.

– Papai por favor, deixa. — Júlia praticamente suplicou.

–Vamos ver como você se comporta. Dependendo, eu deixo. — Roberto respondeu e o almoço foi regado ao um clima desconfortável.

******

Logo a noite chegou, e Júlia e Isabela estavam no aeroporto esperando o anuncio do voo. Júlia balançava seu pé de um lado para o outro e Isabela tentava se acalmar mexendo no próprio cabelo.

Júlia reclamava o tempo todo por ter que ir para Paris em um voo comercial, e Isabela apenas ouvia sem pronunciar nenhuma palavra.

Ela tentava se concentrar mas não conseguia. Logo o voo foi chamado e as recém-casadas foram para o portão de embarque, se sentando lado a lado nas poltronas do avião.

******

Isabela dormiu praticamente todo o voo e Júlia aproveitou para conversar com sua melhor amiga Alice por telefone.

Assim que elas chegaram em Paris, foram para a casa que os pais de Júlia tinham lá e se acomodaram no quarto. Isabela olhou a vista do quarto e tentou controlar os hormônios que estavam aflorados.

Júlia havia descido as escadas e estava na sala quando a campanhia tocou, assim que ela abriu a porta, seu sorriso de ampliou.

Isabela que estava no quarto, estranhou a campanhia ter tocado e resolveu averiguar, mas ao chegar no topo da escada, sentiu vontade de sair correndo.

Júlia abraçava descaradamente uma mulher ruiva que dava um sorriso muito atrevido a ela.

Sentiu dor de cabeça ao ver as duas e a forma como Júlia segurava a cintura da mulher a deixava chateada, elas hvaima acabado de se casar.

Isabela observou tudo do topo da escada, mas passou mal assim que a ruiva avançou sobre sua esposa a beijando e segurando firmemente suas mechas de cabelo.

Isabela sentiu sua visão escurecer e correu para o quarto, mal havia se casado, e estava sendo traída em sua própria "lua de mel".

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