11- Castigo

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Isabela chegou em casa logo após conversar com seu sogro e sentou no sofá, refletindo sobre o que aconteceu.

O fato de Júlia não ter uma independência financeira a assustava. Pois qualquer pessoa que tivesse a idade dela, já deveria ter pelo menos sua própria conta.

Porem Isabela pensava que se Júlia não administrava o próprio dinheiro era porque não tinha alguma responsabilidade. Já que obviamente ela gastava seu dinheiro com bebidas e amantes.

Isabela se feriu ao pensar que seria traída muitas vezes, não saberia dizer se aguentaria essa situação por muito tempo.

Resolveu se deitar um pouco e dormir, para descansar a mente. Precisava descansar e deveria pensar muito em seu filho para que ele não sofresse tanto assim como ela.

Mais tarde, Isabela acordou e percebeu que já estava a noite, levantou, lavou o rosto e desceu. Eram mais de sete da noite, ela havia dormido demais.

Descendo ela encontrou Maria fazendo o jantar.

– Boa noite Maria. — Cumprimentou. Maria apenas de um um aceno de cabeça e retornou sua atenção  para as panelas.

Indo para a sala, percebeu que Júlia ainda não havia chegado. Será que aconteceu algo? Pensou Isabela.

– Maria, a Júlia já chegou? — Perguntou Isabela apenas checando.

– Ainda não senhora. — Maria diz e Isabela sente o coração apertado.

Júlia sempre chegava cedo e não havia chegado até agora, uma única possibilidade rodou a cabeça da gestante e uma lágrima rolou pelo rosto dela. Estava sendo traída.

Foi para perto da janela e se sentiu chateada, seus hormônios estavam alterados e as lágrimas começaram a rolar livremente pelo rosto dela.

Porem ela logo se conteve ao escutar a campanhia tocando. Limpou as lágrimas e avisou a Maria que abriria a porta.

Abrindo a porta, deu de cara com seus sogros, e naquele momento, engoliu em seco, Júlia não estava em casa, e isso poderia gerar uma briga séria.

– Boa noite, entrem, por favor. — Isabela deu espaço e Marysa e Roberto adentraram a casa.

– Como você está Isabela? Muitos enjoos? — Marysa pergunta abraçando Isabela.

– Nao muitos, só estou tendo alguns desejos, nada demais. — Isabela diz simpática.

– E a Júlia? Onde está? — Roberto pergunta e Isabela engole em seco, teria que falar a verdade.

– Ela. Ela ainda não chegou. — Isabela disse pausadamente e Roberto se enfureceu.

– Ja são mais de sete da noite e ela ainda não chegou. Onde essa irresponsável está? — Roberto começa a andar pela sala impaciente.

– Roberto se acalma. — Marysa se aproxima tentando acalmar o marido.

– Me acalmar Marysa? NÃO ME PEÇA CALMA. Já chega, eu avisei a Júlia sobre as consequências da irresponsabilidade dela. — Roberto diz alterado e pega seu telefone.

Marysa retorna para o lado de Isabela e abraça pedindo calma a ela.

Roberto aperta o contato da filha e muito alterado anda de um lado para o outro esperando que ela atenda.

Tocando mais de cinco vezes, o telefone cai direto na caixa postal, mas Roberto liga novamente.

Depois de alguma insistência, o telefone é atendido.

Quem é? — Uma voz feminina diferente atende ao telefone, o que deixa Roberto muito mais irritado.

— Quero falar com a Júlia, chame ela agora. — Roberto diz muito alterado.

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