👾 CAPÍTULO 8

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O cascalho estalava sob os pneus enquanto Hyunjin dirigia pela estrada de terra, ladeada por arbustos crescidos que protegiam a vista de olhares curiosos

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O cascalho estalava sob os pneus enquanto Hyunjin dirigia pela estrada de terra, ladeada por arbustos crescidos que protegiam a vista de olhares curiosos. A casa isolada se erguia à frente, suas janelas grandes e escuras pintavam um desenho em frente aos portões de madeira.

O olhar de Jisung estava fixo no espelho retrovisor. No banco de trás, havia um garoto inconsciente de tudo que o cercava.

— Aqui estamos — Hyunjin murmurou, mais para si mesmo do que para Jisung, enquanto desligava o motor.

Lá fora, uma tempestade caia, e seus raios iluminavam o céu em desgosto; uma dupla de almas corrompidas que sucumbiram ao inferno de fazer o que bem entendiam, suas mãos manchadas com o sangue de pessoas que um dia sonharam em viver.

Ele olhou por cima do ombro para Seungmin, que estava inconsciente no banco de trás, uma tranquilidade inquietante em suas feições. Com facilidade praticada, Hyunjin saiu do veículo, seus movimentos deliberados e sem pressa. Ele abriu a porta traseira e ergueu Seungmin em seus braços como se ele não fosse mais pesado do que uma criança.

Graças a garagem bem protegida, a chuva não os atingiu. Entretanto, quando Seungmin foi tirado de dentro do carro, trovões tão altos ressoaram nos céus.

Dentro da casa, os passos de Hyunjin eram suaves contra o piso de madeira, enquanto ele se dirigia para o quarto, preparado especialmente para aquela chegads. Ele colocou o corpo mole de Seungmin na cama, suas mãos habilmente prendendo cordas em volta dos pulsos do detetive.

Um nó para cada pecado, ele pensou, garantindo que estivessem firmes o suficiente para segurar, mas não para machucar — pelo menos não ainda.

— Confortável, meu docinho? — Hyunjin sussurrou com um sorriso, sabendo muito bem que não haveria resposta. Ele tirou uma mecha de cabelo da testa de Seungmin, permitindo-se um momento para admira-lo antes de se afastar.

Enquanto isso, Jisung estava na porta, observando a cena se desenrolar com curiosidade imparcial. Ele tirou os sapatos com uma ação mecânica, colocando-os cuidadosamente para o lado. Seus pés de meia pisaram suavemente pelo quarto enquanto ele afundava no sofá, o couro frio contra sua pele.

Havia paciência em sua postura, uma quietude assustadora, enquanto esperava Hyunjin sair do quarto, por enquanto, ele estava contente no silêncio, deixando a tensão ferver, um prelúdio para o caos que estava por vir.

E que ele mesmo faria questão de causar.

Hyunjin saiu depois de longos minutos, sua presença cortando a quietude em que Jisung se cobria.

— Então — Jisung começou, sua voz quebrando o silêncio como o estalar de folhas secas sob os pés. Ele enfiou a mão no bolso, pegando um cigarro — Agora que você tem o garoto, o que planeja fazer?

A pergunta pairava no ar, contaminada com o cheiro de fumaça iminente que chegou junto a um sorriso de canto.

Com uma luz nos olhos que falava de segredos obscuros e desejos mais obscuros ainda, Hyunjin se recostou no encosto do sofá, observando Jisung levar o cigarro aos lábios. O brilho do isqueiro iluminou brevemente seus rostos, lançando sombras que pareciam quase tão tangíveis quanto a tensão entre eles.

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