O peito de Seungmin arfava enquanto as paredes da sala mal iluminada pareciam se fechar sobre ele. O desespero arranhava sua garganta, cada respiração aumentava seu pânico. A única janela do quarto não oferecia conforto, presenteando-o apenas com a visão sombria de uma parede de cimento enorme.
Ele torceu os pulsos violentamente, as cordas ásperas cortando ainda mais sua pele. Cada tentativa de se libertar apenas apertava os laços, tirando sangue que escorria por seus antebraços.
Ele não sentia dor; Seungmin não tinha tempo para chorar ou se clamar. Ele tinha que agir.
O silêncio era opressivo, uma calma sobrenatural que sufocava os pensamentos e aumentava os medos. Enquanto ele estava exausto de suas lutas inúteis contra as cordas, uma lembrança surgiu - uma conversa entre seus sequestradores.
"Jisung, vamos no mercado? Preciso comprar umas coisas." A voz de Hyunjin, casual e distante, havia chegado até ele então.
Eles haviam saido, deixando para trás a oportunidade perfeita para Seungmin escapar. Essa percepção acendeu uma esperança no peito de Seungmin, uma pequena chama teimosamente piscando em meio à escuridão avassaladora de sua situação.
O olhar de Seungmin percorreu a sala, desesperado por qualquer ferramenta que pudesse cortar as cordas. Seu sorriso surgiu quando seus olhos pousaram em um estilete na bancada, sua lâmina brilhando contra a luz do quarto.
- É isso! - Seungmin se esticou para que seus pés alcançassem a bancada, e ele conseguiu puxa-la para mais perto. Ele conseguiu fazer com que as cordas presas na cama se soltassem, lhe dando a chance de pegar a lâmina para cortar o restante delas.
Seus dedos, escorregadios com seu próprio sangue, tatearam desajeitadamente antes de agarrar a lâmina. Com a mão trêmula, Seungmin serrou as cordas, sua respiração presa entre o nervosismo e a ansiedade.
As cordas cederam com um estalo satisfatório, e ele sentiu um alívio temporário inundá-lo. Ele não hesitou, a adrenalina agora era sua aliada infalível. Ele se levantou, ignorando o sangue em seus braços e a roupa suja, e correu para a sala ao lado.
Como esperado estava vazio. Alívio inundou seus sentidos, mas apenas momentaneamente, pois a porta à frente se erguia como uma nova barreira - trancada com um cadeado enorme.
Seus instintos de detetive, aprimorados por anos de treinamento meticuloso e observação aguçada, surgiram em primeiro plano. Ele examinou a sala, encontrando rapidamente uma faca de cozinha com uma ponta fina o suficiente.
Aproximando-se da fechadura, Seungmin inseriu a ponta da faca na fechadura. Um clique suave recompensou seus esforços, e ele se permitiu dar um sorriso.
Foi uma pequena vitória, mas monumental, dadas suas circunstâncias terríveis. Com o coração batendo forte em seu peito como um tambor frenético, ele girou a maçaneta e abriu a porta com uma urgência que combinava com os pensamentos acelerados de fuga em sua mente.
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Minha Redenção | Chanmin
Roman d'amourEm uma cidade envolta em névoa e segredos, Bang Chan, um artista recluso de 25 anos, ganha fama por suas pinturas enigmáticas que retratam cenas de assassinatos brutais. As obras, carregadas de realismo e emoção, despertam a fascinação do público...