"Cada célula do seu corpo pertence a mim,
mesmo que você morra, você é somente meu!"A rajada de vento gelado bateu contra o rosto de Hyunjin enquanto ele empurrava a porta da frente, as gotas de chuva escorrendo por seu casaco encharcado.
O silêncio da casa o envolveu imediatamente, em nítido contraste com a tempestade lá fora.
— Seungmin? — chamou ele, depositando as sacolas de compras sobre a mesa da cozinha com um baque surdo. Nenhuma resposta.
Um calafrio percorreu sua espinha. Algo estava errado. Muito errado.
Hyunjin vasculhou cada cômodo com os olhos atentos, seus passos ecoando pelo piso de madeira. A tensão crescia em seu peito a cada segundo que passava sem encontrar sinal de vida.
Nem jisung estava em casa, e isso só fazia a mente de Hyunjin gritar mais alto que sua sanidade; se é que ele ainda tivesse alguma.
— Impossível — murmurou para si mesmo, relembrando os eventos daquela manhã — Eu o amarrei. Tranquei tudo. Como...?
Seus dedos trêmulos alcançaram a gaveta da cozinha, sentindo o metal frio da arma que ali guardava para ocasiões importantes. Com movimentos precisos, sacou-a e a empunhou firmemente.
O coração de Hyunjin martelava contra suas costelas enquanto ele se esgueirava pelo corredor em direção ao quarto. Cada passo era calculado, silencioso.
"Se aquele maldito conseguiu fugir...", pensou, sentindo a raiva borbulhar em seu interior. Mas havia também uma ponta de... admiração? Afinal, se Seungmin realmente tivesse escapado naquele estado debilitado, era algo de se admirar.
Hyunjin não queria pensar que ele havia fugido, mas sim estava apenas dormindo, causando um calafrio em sua espinha ele pensou em como ligaria com aquilo.
Hyunjin respirou fundo, preparando-se para o que poderia encontrar. Sua mão pousou sobre a maçaneta gelada do quarto. Com um movimento brusco, ele a girou.
A porta se escancarou com um rangido agudo, revelando um cenário que fez o coração de Hyunjin gelar. O quarto estava vazio. Completamente vazio.
Seus olhos percorreram freneticamente cada canto do cômodo, fixando-se finalmente na cama desfeita. As cordas que antes prendiam Seungmin jaziam sobre os lençóis, cortadas de forma tosca e desleixada.
Havia um pouco de sangue nelas, indicando que antes de serem rompidas houve uma certa dificuldade, e talvez uma luta; Seungmin era inteligente o suficiente para se machucar querendo fugir? Pelo que parecia, era.
— Não... não pode ser — Hyunjin murmurou, sua voz trêmula quebrando o silêncio opressor.
Ele avançou a passos vacilantes, tocando as cordas rompidas como se não acreditasse no que via.
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Minha Redenção | Chanmin
RomantizmEm uma cidade envolta em névoa e segredos, Bang Chan, um artista recluso de 25 anos, ganha fama por suas pinturas enigmáticas que retratam cenas de assassinatos brutais. As obras, carregadas de realismo e emoção, despertam a fascinação do público...