O ar pareceu sumir enquanto Verônica olhava em volta.Merda.
Se xingou mentalmente por ter saído sem sua varinha.
Verônica deu dois passos a frente, tentando colocar Eva e Albus atrás de suas costas, enquanto encarava fixamente a mulher de cabelos laranjados.
— Que merda é essa? — Eva perguntou.
Verônica não disse nada, mas Albus sabia.
Não tinha para onde se esconderem, ela já estava ali, e sentia que não estava sozinha.
Verônica arregala os olhos, negando com a cabeça. O desespero começando a correr pelas veias.
Não era por ela que temia.
A ruiva, do outro lado da rua, mirou os olhos nos três e seus lábios abriram em um sorriso demoníaco.
Tarde demais.
A mulher — Celeste era seu nome — Verônica se lembrava bem, estava vindo em sua direção em passos longos e rápidos. Ódio percorreu o corpo de Verônica conforme disparou em uma velocidade na direção do amigo ao mesmo tempo que a ruiva.
Com um baque, Verônica empurrou Albus para o lado, no mesmo momento que Celeste agarrou seu pescoço com com as garras, com a intenção de tirá-lo para fora. Verônica gemeu, jogando os braços para trás, tentando alcançar a cabeça da mulher, que parecia impossível.
Verônica mexeu o corpo descontroladamente várias vezes para fazê-la sair. Mas era em vão.
Ela nem reparou quando Eva saiu de algum lugar e pulou nas costas da ruiva, mordendo seu pescoço com tanta força que fez todas irem para o chão. Verônica achou que sua cabeça tivesse soltado do tronco.
Ao olhar para Albus, Verônica arregalou os olhos e conseguiu ver o olhar de seu amigo fixado em quatro figuras saindo de trás das árvores do bosque.
Os vampiros do bar estavam ali.
Três vampiros com o foco em Albus. Três de um dos seres sobrenaturais mais poderosos do mundo indo na direção de seu amigo que tinha apenas uma varinha e o desejo de protege-lás. Verônica quase não teve tempo para pensar quando jogou a cabeça com força para trás, acertando o nariz de Celeste que a agarrava com as garras. Quebrou o suficiente para deixá-la meio atordoada enquanto Eva ainda puxava a mulher para trás, longe de Verônica.
A vampira correu a frente de Albus, o olhando nos olhos antes de se lembrar quem eram aqueles homens.
O primeiro que vinha em sua direção, alto, com os dentes mais afiados que Verônica pode ver e parecia ter sede de sangue.
Albus viu a amiga se remexer desconfortável no lugar, olhos brilhantes enquanto ela se esforçava para pensar em qual atacaria primeiro.
Conforme Eva se debatia contra celeste, tentando a tirar de cima de si, Verônica correu em direção ao segundo homem, o que sorria para ela.
Albus se virou e foi de encontro aos outros dois do outro lado, ambos altos e grandes o bastante para esmaga-lo apenas com as mãos.
Todos eles - Verônica reparou - usavam o anel dos Morvan, o símbolo do grupo psicótico que seu tio Eros havia formado. Verônica poderia reconhecer esses anéis de qualquer lugar. Eram grossos com uma serpente no meio. Fácil de saber quem era seu líder.
No segundo em que as mãos de Verônica encostaram no pescoço do segundo homem, outros braços a agarraram por trás a lançando de costas contra o chão. Eva se virou para olhar quando escutou o baque, tentou fracassadamente se levantar para ajudar a amiga, mas Celeste ainda estava ali, com as garras presas em seu rosto. Quando Albus ergueu a varinha tirando sua atenção dos dois vampiros e apontou para a ruiva:
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Sombria Verônica
VampireEm um mundo mágico, uma vampira ajuda a derrotar o Lorde das Trevas.