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Algo parecido com uma parede caindo aos pedaços ecoou no andar de baixo.

Isso significava que tinham sido descobertos, tudo iria desmoronar e todos seriam mortos em alguns momentos. Ou...

— VOLTE AQUI, EU JURO QUE VOU ACABAR COM VOCÊ!

Verônica suspira e inspira várias vezes, pensando se iria descer ou não.

Talvez devesse tentar fechar os olhos e tentar dormir de novo.

Agora algo havia se quebrado.

Levantou-se e caminhou resmungando pelos corredores da casa.

Chegando no corrimão no alto da escada, onde dava para ver uma parte do andar de baixo, quadros e mais quadros estavam quebrados e jogados no chão. Descendo um pouco a escada, o buraco na parede era visível até para quem olhasse pelo lado de fora.

O chão do corredor tinha um rastro de móveis e quadros quebrados que ia até a cozinha, onde Valerian estava jogado no chão com Eva grudada em seu pescoço.

Mas é claro. Ela tinha esquecido de avisar que agora tinham visita.

— VÊ! O PEDAÇO DE MADEIRA, RÁPIDO! — Gritou.

Antes mesmo de ela suspirar, Valerian aproveitou sua distração e trocou as posições, colocando as presas para fora e as mostrando para Eva, que agora fincava suas garras nos ombros do vampiro, tentando empurrá-lo para longe. Ele gemeu e avançou no pescoço da loba.

Sem paciência, Verônica puxa Valerian para trás, o jogando, fazendo bater as costas em um armário no canto da cozinha.

— Se sairem dessas posições, eu irei crucificá-los.

Valerian respirava pesadamente enquanto segurava o braço que parecia uma torneira com vários buracos e o sangue escorria pelo chão da cozinha. Eva encarava sua amiga, confusa, irritada e incrédula.

Verônica sentou na pia da cozinha, que ainda se encontrava inteira.

— Eva, querida, este é Valerian. — Apontou para o vampiro — Valerian, esta é Eva.

Os dois se encararam, depois encararam a vampira que aparentemente, estava não estava feliz com a situação.

— Espera, você o conhece? — Eva gemeu.

— Tipo isso — Ela passou seus olhos pelos dois, analisando quem estava mais ferido.

— Você tem mais algum amigo lobisomem que queira me apresentar? - Valerian resmunga, revirando os olhos.

Verônica pula da pia e cruza as mãos atrás das costas e se inclina, com o rosto a centímetros do dele.
— Não, e se não parar de reclamar vai perder a língua. Porra, vocês não conseguem conversar igual duas pessoas normais?

— Não somos pessoas normais - Valerian ironizou.

Eva se levanta devagar, com as mãos segurando na parede, tirando os pequenos cacos de vidro que estavam em seu joelho.

— Ele é o vampiro daquele dia, não é? O que tentou nos matar.

— Eu nem encostei em vocês!

Ninguém falou nos próximos segundos, até que Verônica sentiu uma presença conhecida espiando no fim do corredor.

— Quer se juntar a nós?

— Não venha aqui, Remmy —Eva resmungou — Ela vai dar esporro em você também!

Remus caminhou quietamente até a porta da cozinha e suspirou.

Ele não disse nada, conviver com Verônica já o fez ver coisas piores, para ele, não era uma surpresa. Portanto, nunca havia visto uma briga de um vampiro com um lobisomem antes.

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⏰ Última atualização: Sep 13 ⏰

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