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Zara

Ela voltou para a mata, procurando por sua irmã.

— Por favor me leve até Zoe?! — Sussurrou o pedido e lá estava o vento a levando até sua irmã.

— Que bom que voltou, eu já estava começando a ficar preocupada com você.

— Eu é que estava preocupada com você, achou mesmo que eu ia te deixar.

— Não, eu saberia se me deixasse.

Zara subiu na árvore e abriu a sacola.

— Quer experimentar uma coisa que você não deve lembrar nem do gosto?

— Não estou com vontade de comer nada.

— Mas isso aqui é algo que não como desde que saímos do castelo.

— Eu ainda tenho uma vaga lembrança do meu quarto. — Comentou ela.

— Jura?

— Hurum!

Zara se arrumou confortável o suficiente para dormir com Zoe por cima dela. Amarrou a sacola com comida e lhe entregou a boneca.

— Olha quem voltou pra você?!

— Zara, não creio, é a minha Iewa. . . — Zoe cheirou a boneca profundamente. — Ainda tem o cheiro das flores de macieira que a mamãe usou pra lavar ela ontem.

— Que bom. — Zara a puxou pra o meio de suas pernas. — Deite em cima de mim, ficará mais confortável.

— Quando vamos partir para encontrar Babooe? — Perguntou se virando e abraçando a irmã.

— Amanhã à noite vou buscar o cavalo que me pediu, vamos viajar apenas a noite e descansaremos durante o dia.

— Perfeito.

Zoe suspirou quando Zara começou a acariciar os cabelos dela.

— Quer uma história?

— Não, você precisa descansar e eu também.

— Sim, durma.

— Você também, estamos protegidas esta noite.

— Como sabe?

— Sussurros do vento, durma Zara.

Zara fechou os olhos e sonhou com sua mãe, quando acordou não lembrou do sonho e isso a deixou triste, porque queria lembrar o que sua mãe lhe disse no sonho, abriu os olhos e apenas a boneca Iewa estava em cima dela, o sol já estava forte.

— Zoe?!

— To aqui em baixo!

Zara se virou e a viu brincando com três coelhos, um estava esticado em cima de suas pernas e os outros dois brincavam em volta. Nunca tinha visto isso.

— Está com fome?

— Se não for matar eles, posso dizer que sim, caso contrário não.

— Não vou matá-los.

— Então estou.

Zara pegou a sacola que tinha amarrado em um galho ao seu lado, tirou de dentro o bolo amassado em um pano, desceu da árvore espantando os coelhos.

— Desculpe!

— Tudo bem, depois eles voltam.

— Aqui, isso é bolo, você não deve lembrar o gosto.

Ela pegou um pedaço que a irmã lhe estendeu e fechou os olhos sentindo o sabor, suspirou longamente.

— Lembrou de algo?

A rainha de OkanOnde histórias criam vida. Descubra agora