Capítulo 7 - Want to kiss me on the lips?

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Bloodhunger ganhou, mas amanhã teremos omega rage!!!

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Andrea nunca havia provado sangue humano. Até então, ela tinha se mantido fiel ao que acreditava — afastando-se da tentação, vivendo de sangue animal ou de doações seguras. Nunca, em toda sua existência como vampira, havia permitido que suas presas tocassem a pele de alguém. Havia algo de sagrado, de intransponível, em sua recusa. Mas agora, com o gosto do sangue de Miranda em sua boca, ela sabia que não havia mais volta.

O líquido quente e espesso que fluía de Miranda era diferente de tudo o que ela já tinha experimentado. O sangue humano tinha uma vivacidade, uma força vital que a fazia tremer por completo. Cada gota que deslizava por sua garganta parecia acender algo primitivo em seu corpo, algo que ela havia reprimido por tanto tempo. O sabor era intenso, quase enlouquecedor, e a energia que corria por suas veias a fazia sentir-se invencível, viva de uma maneira que ela nunca havia sentido.

Era a primeira vez que sua fome era integralmente saciada, como se não houvesse vida antes disso. Ela podia sentir aquele órgão velho e gelado dentro de seu peito sacudir, quase como se imitasse uma palpitação desajeitada. Era um sentimento tão avassalador e prazeroso que a apavorou. 

Mas o que mais a surpreendia não era o efeito sobre si mesma — era a reação de Miranda.

À medida que as presas de Andrea penetraram profundamente na pele de Miranda, ela sentiu o corpo da editora reagir instantaneamente. O primeiro toque de seus dentes foi seguido por um suspiro involuntário, uma mistura de surpresa e algo que parecia ir um pouco além. A princípio, a morena temeu que estivesse machucando-a, mas o som que veio a seguir foi inesperado. Um gemido suave escapou dos lábios de Miranda, seus dedos agarrando com força os ombros de Andrea, amarrotando a blusa social que ela usava.

Miranda arfou, o corpo arqueando ligeiramente sob o peso de Andrea, formando um arco cruelmente bonito. Seu pescoço, onde as presas estavam cravadas, pulsava de desejo. A dor do ato inicial foi lentamente substituída por uma onda de prazer profundo, visceral, que incendiava algo dentro do seu âmago. Era como se cada gole de sangue que Andrea retirava estivesse conectando as duas, não apenas em carne, mas em espírito. Ela não lutava, não resistia — pelo contrário, ela se entregava àquela sensação desconhecida, cada músculo de seu corpo reagindo a sensação quase indescritível que aquilo a proporcionava.

Andrea... — A voz de Miranda saiu rouca, abafada, quase como um gemido engasgado. Ela tentou falar, mas a intensidade das sensações que percorriam seu corpo a impedia de formar palavras coerentes.

Cada movimento das presas de Andrea parecia acender algo dentro de Miranda, um fogo que ela não sabia que existia. Sua respiração estava acelerada, descompassada, e seus dedos, que antes seguravam os ombros de Andrea, agora deslizavam pelas costas dela, apertando, puxando-a para mais perto. Era uma necessidade primitiva, uma necessidade quase cega de continuar sentindo aquilo.

Miranda arfava debaixo dela, o rosto tingido de prazer, os lábios entreabertos soltando pequenos suspiros entre gemidos abafados. Cada respiração pesada indicava que aquilo era muito mais que um simples sacrifício de sangue — era uma entrega total. 

Andrea estava absolutamente surpresa. Ela conhecia a teoria dos efeitos da mordida de um vampiro sobre um ser humano, ela havia lido e sido meticulosamente ensinada sobre como seduzir e se aproximar, mas jamais havia posto nada em prática. De forma que testemunhar Miranda Priestly se desfazendo embaixo de si em meio a gemidos e súplicas era algo que estava completamente além de sua imaginação. 

Blood HungerOnde histórias criam vida. Descubra agora