•3•

516 74 11
                                    

Em poucos minutos, Austin estava desacordada em cima da cama e Ling e eu estávamos esperando até que Freen chegasse com um dos infiltrados para tirarmos a garota daqui.

Fico em alerta assim que ouço movimentação no corredor, então deixei minha arma apontada. A maçaneta abaixou levemente, mas logo teve um baque brusco contra a porta e Faye entrou suada por ela, com Freen e dois rapazes em seus encalços.

Dei uma breve espiada e vi dois corpos atrás delas, já formando poça de sangue no chão. Trabalhar com silenciadores é a melhor coisa existente, assim não precisamos de tampões.

Guardei minha arma, fiz um leve movimento com a cabeça dando ordem e um dos rapazes pegou Charlotte no colo. Passei pelos corpos no chão, andando pelo corredor.

Dois homens armados entraram pela porta correndo, não tardei em sacar minha arma e mirar na cabeça de um de cada vez.

Os dois caíram no chão e eu prossegui pelo caminho em que vim. Quando estávamos no extenso corredor, ouvimos um alto barulho de bomba e gritos.

— Mais que merda — Meena falou alto e levei a mão até o micro — chegou mais deles. Vocês precisam sair agora — ela falou gritando.

Ling passou em minha frente e pressionou um botão na parede, retirando sua metralhadora dela. Olhei para ela pasma porque não sabia o momento que ela havia arranjado tempo para isso.

— Não me olhe assim — deu de ombros — sempre tenho uma carta na manga — me deu uma piscadela.

O alerta foi disparado e logo tiros começaram a ser trocados. Um dos rapazes se apressou na frente com Charlotte, logo desaparecendo de nossas vistas.

No desvio de escada haviam dois andares. Para ir para a saída, tínhamos que descer essa escada, ficando completamente a mercê desse lugar vazio.

Faye ia descer, mais puxei sua blusa bruscamente e ela me olhou com um olhar mortal, logo sacando sua arma e mirando do outro lado da escadaria, no toco da cabeça de um rapaz.

Logo vários deles surgiram atirando. Me abaixei ficando atrás de um enorme vaso de flores, recarregando minha arma. Quando uma bala passou raspando no meu rosto, apertei meu maxilar e me levantei, atirando diretamente no coração de quem ficasse na minha visão.

Senti algo no meu pé e me certifiquei que era a pistola de Freen. Ela estava dando uma surra em um cara do tamanho de uma porta. Ele segurou seu braço e ela logo se esquivou, dando uma rápida rasteira, prendendo seu braço para trás com o joelho e logo virando seu pescoço.

Ela olhou para mim e eu chutei sua arma de volta e ela logo a pegou, correndo para o outro lado. Eu iria junto, mas senti um baque forte em minhas costas, fazendo com que minha arma voasse de minha mão.

A dor irradiou pelas minhas costas como se uma onda de choque tivesse atravessado meu corpo. Com os músculos ainda queimando, virei meu corpo de volta para o indivíduo com as mãos cerradas em punhos firmes.

O rapaz avançou com velocidade, os olhos brilhando com confiança. Desviei para o lado no último segundo, sentindo o vento do próximo soco passar rente ao seu rosto. Usei o movimento para lançar seu cotovelo contra as costelas dele, ouvindo um grunhido abafado de dor.

Sem hesitar, girei novamente, desta vez trazendo meu joelho em um arco rápido para o abdômen dele, sentindo o impacto reverberar por sua perna. Ele recuou alguns passos, ofegante, mas não lhe dei tempo para recuperar o fôlego.

Meus olhos, agora estreitos de determinação, fixaram-se no rapaz que parecia querer sair correndo a qualquer momento. Avancei com precisão, os golpes vindo em rápida sucessão um gancho de direita, um chute alto que o forçou a levantar os braços em defesa, e por fim, uma rasteira que o derrubou no chão com um estrondo.

Kɪᴅɴᴀᴘᴘᴇᴅ • EɴɢʟᴏᴛOnde histórias criam vida. Descubra agora