001. Gabriel

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"Vou levar você embora comigo
De uma vez por todas
O tempo vai nos ver realinhar
Diamantes chovem pelo céu
E despejam-me no mesmo reino"
-Diamond eyes

Me encontrava num bunker, havia fogo, e via umas silhuetas correndo pra fora, sentia a fumaça entrar pelas minhas narinas e me sentia desesperada para sair

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Me encontrava num bunker, havia fogo, e via umas silhuetas correndo pra fora, sentia a fumaça entrar pelas minhas narinas e me sentia desesperada para sair. Eu não conseguia controlar minhas pernas, elas continuavam paradas no canto do bunker, minhas orbes castanhas encaravam o fogo se alastrar pelo lugar, meus tímpanos doíam por algo que eu não conseguia identificar, até ouvir.

A voz da Agatha.

Assim que a escutei, olhei para o fogo, que começou a se personificar a uma figura, uma grande figura flutuante, com algo na frente do rosto que chegava até seus pés, como um cabelo. Assim que identifiquei, o fogo correu até mim, como se estivesse se alastrando em madeira.

6:12AM

Acordei no desespero, sentia meu corpo úmido e grudento, com um calor ríspido na nuca.

Meus olhos vagavam pelas paredes brancas com manchas em um tom claro de bege e infiltração, torci o nariz e fechei os olhos, colocando a mão no rosto. Tomei coragem e me sentei na cama, olhei pela janela, vendo que já era de manhã.

Olhei para trás e estiquei meu braço em direção ao aparelho de capa azulada, minha mãe havia mandado mensagem, agora que podia usar o número do meu celular antigo para mandar mensagem.

"Saí pro trabalho, volto mais tarde, se cuida! Tem coisa pra comer aí."

Li vagamente e desliguei o aparelho, me levantando da cama, deixando uma úmida marca de suor onde me encontrava deitada. Suspirei e fui até meu banheiro, me olhei no espelho na intenção de organizar meus pensamentos, não conseguia.

Eu precisava ir para aquele inferno.
Escola Nostradamus.
Eu precisava saber o que tinha acontecido.

- Que estupidez, Louise. Vai tomar banho. -Disse olhando o espelho, percebendo logo depois o quão estranho isso foi.

Por qual motivo eu pensava em ir para uma escola coberta de cinzas, eu não entendia, mas sentia que devia.

Passei cerca de 30 minutos em um banho gelado, tantas dúvidas, e é apenas o segundo dia em São Paulo de novo.

Ao sair do banho, dei de cara com Nuty me esperando na porta, pulando na minha perna. Imediatamente abro um sorriso e acariciei o cão.

- Oi meu amor... -Murmurei, passando a mão pela cabeça do cachorro.

Balancei a cabeça na tentativa de espantar os pensamentos, mesmo que não tivesse dado certo. Abri o armário, me vesti com uma blusa roxa meio azulada, calça preta que não fica apertada nas pernas e um tênis confortável, que estava um pouco empoeirado, mas não me importei.

𝑳𝒐𝒐𝒌 𝒂𝒇𝒕𝒆𝒓 𝒚𝒐𝒖. - 𝙰𝚐𝚊𝚝𝚑𝚊 𝚅𝚘𝚕𝚔𝚘𝚖𝚎𝚗𝚗.Onde histórias criam vida. Descubra agora