CAPÍTULO VI

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ROSEANNE PARK

O sol brilhava forte no horizonte quando eu, Jennie e Jimin embarcamos no jatinho particular, deixando Recife para trás depois de dois dias de aventuras pela capital pernambucana. Meu corpo ainda sentia o cansaço das caminhadas pelos pontos turísticos, mas a empolgação de conhecer o próximo destino da viagem era o que me mantinha animada. Jennie tinha planejado tudo em segredo, nos levando de surpresa a cada novo lugar. E agora, depois de Recife, onde mergulhamos na rica cultura nordestina, estávamos a caminho do Rio de Janeiro. Nosso próximo objetivo: Copacabana.

Enquanto o jatinho ganhava altitude, olhei pela janela, observando o mar azul e as praias que se estendiam abaixo de nós. Era difícil acreditar que, em tão pouco tempo, já havíamos explorado tantos lugares. Recife nos acolheu com seu calor, não apenas no clima, mas nas pessoas, na comida e na história que parecia transbordar em cada esquina.

— Ansiosa para o Rio? — Jennie perguntou, sentando-se ao meu lado, seu sorriso carregando aquele mistério habitual. Ela adorava segurar informações até o último minuto, e eu estava tentando me acostumar com isso.

— Demais! — respondi, não escondendo o entusiasmo. — Mas ainda estou processando tudo o que vimos em Recife.

— Eu também. — Jimin comentou, relaxando em uma poltrona próxima, uma bebida gelada nas mãos.

Fechei os olhos por um instante, tentando lembrar de cada detalhe dos últimos dois dias. Em Recife, caminhamos pelo Recife Antigo, exploramos o bairro do Marco Zero e o Paço do Frevo, onde mergulhamos na história do frevo, um dos ritmos mais emblemáticos do Brasil. Jennie, sendo a perfeccionista que é, nos inscreveu em uma aula rápida de dança. Nós tentamos, de forma patética, aprender os passos energéticos, mas a verdade é que passamos mais tempo rindo de nós mesmos do que dançando.

Já o Rio de Janeiro sempre teve esse ar mítico, quase cinematográfico, com suas praias icônicas e a atmosfera vibrante que atrai turistas do mundo inteiro. Copacabana, especialmente, parecia algo saído de um sonho tropical, com seu famoso calçadão de pedras pretas e brancas em zigue-zague e o mar agitado ao fundo.

— Quanto tempo até chegarmos? — perguntei, tentando imaginar como seria pisar naquele lugar que tanto ouvi falar.

— Mais umas duas horas, acho. — respondeu Jennie, verificando seu relógio. — Mas não se preocupe, você vai saber quando estivermos lá. É impossível confundir.

Sorri, relaxando na cadeira e deixando a excitação tomar conta. A viagem até agora tinha sido cheia de surpresas, e eu sabia que o Rio não seria diferente. Já podíamos sentir a mudança no clima enquanto o jatinho avançava para o sul. As praias do Rio de Janeiro tinham uma aura diferente, mais cosmopolita, mais cheia de vida.

— Quando chegarmos, o que você quer fazer primeiro? — Jennie perguntou, curiosa.

Pensei por um momento. — Acho que quero caminhar pelo calçadão de Copacabana, sentir a areia, talvez pegar uma água de coco, como todo mundo sempre fala.

Quando finalmente avistamos a cidade do alto, o Cristo Redentor surgindo à distância e as montanhas dos arredores, meu coração acelerou. O Rio de Janeiro estava logo ali, nos esperando com suas promessas de sol, praia e muita cultura. Pousamos no aeroporto particular, e em poucos minutos, já estávamos no carro que Jennie havia providenciado, nos dirigindo diretamente para Copacabana. Quando descemos e pisamos pela primeira vez na praia, a brisa salgada do mar e o som das ondas quebrando contra a areia nos envolveram. O sol ainda estava forte, e o céu azul se estendia infinitamente acima de nós.

O calçadão de Copacabana estava lotado de gente. Pessoas correndo, andando de bicicleta, famílias aproveitando o dia de sol, turistas com suas câmeras. Era tudo muito vivo, como se a energia da cidade estivesse pulsando no ar. E aquela imagem clássica das pedras em zigue-zague sob nossos pés me fez sentir como se estivesse dentro de uma foto icônica.

𝐂𝐀𝐏𝐎 𝟐 (𝐆!𝐏) - 𝐂𝐇𝐀𝐄𝐒𝐎𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora