Três Meses de Surpresas (UraYoru)

01 na sua casa

Casa shihōin
20:30 da noite
Sexta-feira

- Irmãzinha, por que você não me falou que o Urahara iria ficar alguns meses aqui em casa? - disse o pequeno Yūshirō, animado e um pouco bravo.

- Ei, Yūshirō, como você sabe que ele vai vir? Era para ser surpresa!

- Irmãzinha, não seja boba! Você deixou seu celular na cama desbloqueado com as conversas do Urahara.

- Yūshirō, que coisa chata pegar meu celular e começar a ler as conversas - falei, brava. - Você é uma criança muito esperta!

- Ué, eu só ia pegar seu celular pra assistir, mas você deixou desbloqueado, então acabei começando a ler sem querer.

- Sem querer? Me poupe! Agora vai tomar um banho, Yūshirō, pra ficar cheiroso! - que daqui a pouco o Urahara vai chegar.

- Tá bom, irmã linda que eu amo - diz Yūshirō, enquanto corre para o banheiro.

Enquanto Yūshirō toma banho, eu vou preparar algumas comidinhas. Quando o Urahara chegar, nós vamos assistir a um filme juntos.

Estou muito animada para ver o Urahara; já faz dois anos que não nos encontramos.

Espero que esses três meses que ele vai passar na minha casa sejam ótimos.

Enquanto eu estava fazendo a pipoca, ouvi meu irmão gritando para eu pegar a toalha para ele. Assim que terminei de preparar tudo, fui correndo atender o pedido de Yūshirō e me certificar de que tudo estava pronto para a chegada do Urahara.

Já estava tudo pronto. Eu e o Yūshirō estávamos sentados no sofá, a criação toda ansiosa para comer a comida, enquanto o Urahara ainda estava demorando para chegar.

- AAAAA, irmã, ele nunca vai chegar? - exclamou o pequeno, estressado.

- Aí, nem sei. Estou começando a ficar estressada por ele demorar tanto assim - falei, bufando.

Alguns minutos depois, a campainha tocou e Yūshirō deu um pulo do sofá e gritou:

- DEIXA QUE EU ATENDO! - gritou o pequeno, correndo em direção à porta.

Enquanto a criança corria em direção à porta, eu ia logo atrás dele. Assim que Yūshirō abriu a porta, para nossa surpresa.

- Urahara-san! - gritou o pequeno, pulando no colo do loiro.

Eu observei, sorrindo, enquanto Yūshirō se aninhava no colo de Urahara. Assim que Yūshirō decidiu descer do colo de Urahara, fui em direção a ele. Urahara me recebeu com um abraço apertado, e eu o abracei de volta com igual intensidade. Estávamos colados, sorrindo, e o calor do reencontro era acolhedor e reconfortante

Urahara me soltou do abraço, mas continuou com aquele sorriso brincalhão de sempre.

- Você está ainda mais linda, Yoruichi - disse ele, me olhando de cima a baixo com um olhar carinhoso.

Eu revirei os olhos, tentando disfarçar a leve cor nas minhas bochechas, mas antes que eu pudesse responder, Urahara se virou para Yūshirō.

- E você, Yūshirō, cresceu bastante! Está ficando grande demais para o meu colo, hein? - disse ele, rindo, enquanto bagunçava o cabelo do meu irmão.

- Eu vou ficar tão forte quanto você! - respondeu o pequeno, sorrindo de orelha a orelha.

Urahara então olhou para nós dois, com um brilho nos olhos.

- Bom, eu trouxe algumas coisinhas no carro para vocês. Vou buscar - ele disse, já se virando para sair.

- Presente?! - gritou Yūshirō, pulando de animação.

Alguns minutos depois, Urahara voltou com dois pacotes, um em cada mão. Ele entregou o primeiro para Yūshirō, que, sem perder tempo, rasgou o embrulho. Dentro, havia uma coleção de carrinhos da sua marca favorita.

- UAU! Obrigado, Urahara-san! - gritou pequeno, empolgado, já brincando com os carrinhos.

Urahara então se virou para mim e me entregou um buquê de flores lindíssimo junto com uma cesta cheia de doces e... um perfume da Poticário.

- Para você, Yoruichi. Eu queria trazer algo especial para comemorar esses três meses que vou passar aqui e também nossa amizade de infância - disse ele, com um sorriso suave.

Eu sorri de volta, tocada pelo gesto.

- Obrigada, Urahara. Você sempre sabe como agradar - respondi, sentindo o perfume delicado que ele me deu.

Em seguida, fomos para o sofá assistir ao filme. Yūshirō sentou-se no meio, entre nós, e pediu para ficarmos juntinhos dele. Foi o que fizemos, quase esmagando a criação, haha.

Meu irmão estava no meio de nós, enquanto devorava os doces sem parar. Eu e Urahara ficávamos trocando olhares, e ele, de vez em quando, fazia carinho no meu cabelo.

Isso era estranho, mas também divertido. eu nem sabia que Urahara estava com tanta saudade assim, pensei comigo mesma

Ficamos lá assistindo ao filme, mas logo percebi que meu irmão estava muito quieto. Quando olhei para ele, vi que já estava dormindo. Com cuidado, peguei-o no colo, levei-o para o quarto dele e dei um beijo em sua testa antes de sair

Depois de voltar para a sala, sentei no sofá, mas um pouco distante do Urahara. Acho que ele percebeu, porque ficou me olhando, como se tentasse entender o que estava acontecendo.

- Algum problema, Urahara? Não para de olhar para mim? - falei em tom provocante.

- Tem problema sim, você sentou muitíssimo distante de mim - respondeu ele, também com uma voz provocante.

- Ué, que eu saiba, somos só amigos e mais nada. Então, eu não preciso sentar do seu lado - respondi.

Senti que não precisava ter falado isso. Agora ele realmente está me olhando, e estou tentando disfarçar, focando na televisão.

Antes que eu pudesse reagir, Urahara se aproximou, colocando o braço ao redor da minha cintura e me puxando para mais perto, apertando-me firme.

- Urahara, qual é o seu problema? - falei, brava.

- Ué, estou matando minha saudade de ficar agarrado com você, gatinha - respondeu ele, com um tom brincalhão na voz.

- Pelo amor de Deus, Urahara! A gente nem ficava agarrado - falei, tentando soltar a mão dele da minha cintura.

- E aqueles pegas que a gente dava? Você já esqueceu? - ele sussurrou, falando diretamente na minha orelha.

- Ai, meu Deus, que fogo, Urahara! Era só isso que você queria falar? - perguntei, tentando manter a calma.

- Yoruichi, para de ser chata. Eu só quero matar a saudade. Fiquei dois anos longe de você; para mim, foi um pesadelo - disse ele, com um tom mais sério.

Depois que ele falou isso, eu pensei que, na verdade, também senti a falta dele. Não falávamos e não nos víamos há dois anos, e, para mim, também foi um pouco como um pesadelo ficar longe dele.

Eu, deixei sua mão na minha cintura, enquanto me aproximava dele e tentava me encostar o máximo possível. Deitei minha cabeça em seu ombro, sentindo o calor do seu abraço.

- Ei, Yoruichi, onde eu vou dormir? - perguntou ele, olhando ao redor da sala.

- Você pode dormir no meu quarto, e eu durmo aqui na sala - sugeri, enquanto me ajeitava no sofá.

- De jeito nenhum. Eu acho melhor a gente dormir juntinhos - falei, apertando sua cintura com mais força.

Dou uma risada suave.

- Vai, Urahara, eu vou dormir aqui no sofá mesmo. É confortável.

- Não, Yoruichi, pode dormir no seu quarto. Eu fico aqui no sofá mesmo - respondeu ele, com um tom decidido.

- Não vai ter problema, então, se eu dormir lá no meu quarto? - perguntei, ainda um pouco incerta.

- Não, eu vou dormir aqui mesmo no sofá. Yoruichi, não se preocupe - respondeu ele, com um sorriso reconfortante.

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