𝙿𝙴𝚁𝙳𝙸𝙲𝙰𝙾 𝙳𝙾 𝙳𝚁𝙰𝙶𝙰𝙾 || No coração ardente de Westeros, o rei Viserys busca domar o dragão indomável que é seu irmão Daemon Targaryen, forjando um elo matrimonial com a discreta, porém intrigante, Aelin Hightower.
Irmã mais nova de Al...
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𝔒 dia passou como um turbilhão de eventos. A Fortaleza Vermelha fervilhava com murmúrios e rumores, cada corredor uma artéria pulsante da corte.
A notícia do ataque a Lucerys havia se espalhado como fogo em palha seca, deixando todos em alerta. A busca pela origem do atentado envolveu soldados, servos e até mesmo alguns membros do pequeno conselho, que foram arrastados de seus afazeres para interrogar e investigar.
No entanto, apesar do esforço conjunto, nenhum culpado foi encontrado e a atmosfera se tornou ainda mais pesada e tensa.
Quando finalmente conseguiram reunir o conselho, o sol já começava a se esconder atrás das torres da fortaleza, tingindo o céu com tons de laranja e rosa.
A sala do conselho estava mergulhada em uma luz âmbar, a iluminação suave contrastando com as expressões rígidas e preocupadas dos presentes.
Daemon estava encostado na mesa de reunião, os braços cruzados, o olhar fixo no nada, mas os músculos tensos. Aelin estava ao seu lado, com uma postura rígida, os olhos ainda queimando de raiva contida após os eventos do dia.
Otto Hightower permanecia em silêncio, analisando cada movimento, cada expressão, como uma serpente aguardando o momento certo para atacar. Rhaenyra, em pé na cabeceira da mesa, tinha a voz carregada de autoridade e preocupação.
— Eu preciso saber quem atacou Lucerys. — declarou, os olhos escaneando a sala. — Não podemos deixar que isso passe impune. Alguém dentro de nossas próprias paredes tentou ferir meu filho e eu quero respostas.
Aelin percebeu a presença de Alicent do outro lado da mesa e por um instante, seus olhares se cruzaram. Era a primeira vez que estavam no mesmo recinto desde que Aelin havia retornado à Fortaleza Vermelha.
O encontro de seus olhares era como uma colisão silenciosa, carregada de ressentimentos antigos e de uma história entrelaçada por tragédias e mágoas. Alicent manteve a compostura, mas havia uma dureza em seu olhar que não se podia ignorar.
Ela sentava-se ereta, as mãos cruzadas no colo, mantendo uma máscara serena, enquanto seus olhos verdes avaliavam cada um na sala, mas não ousavam repousar em Aelin por muito tempo.
