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Nem acredito que consegui fazer isso!

Consegui sair de casa sem a minha mãe me ver!

Assim que finalmente decidi arriscar e nessa festa, mandei uma mensagem para as meninas, pedindo o horário e o endereço do local onde vai ser a festa.

Depois peguei a minha melhor roupa que achei no meu guarda-roupa (estilo streetwear, roupa bem larga).

Peguei o meu skate que estava guardado no meu quarto e saí silenciosamente, na ponta dos pés de casa.

Agora estou andando de skate pela rua, feliz da vida.

Mas, sinceramente, isso está me dando uma certa sensação de adrenalina. Parece que estou tentando fugir de alguém (da minha mãe, no caso). Mas eu não diria "fugir". Só estou indo o mais rápido que posso, para não chegar muito tarde nessa festa. Quero aproveitar o máximo que puder.

——— • ———

A festa começa às 19h00, Mas eu só consegui chegar 19h43. Perdi só uns quarenta e três minutos.

O local está lotado de jovens e adolescentes. A maioria está dançando, cantando a música que está tocando; outros estão bebendo algo.

E também tem algumas pessoas do lado de fora. Fumando um cigarro eletrônico.

E eu conheço uma dessas pessoas. Uma menina que estuda na minha escola, mas não é na mesma turma. Ela tem apenas quatorze anos.

E essa menina está fumando.

Enquanto observava um pouco o lugar, estava mandando mensagem para as meninas, avisando que havia chegado.

– Apareceu! – acabo me assustando com a chegada repentina de Rafael atrás de mim.

– Opa! E aí? – cumprimento ele com um toque de mão – Viu as meninas por aí?

– Elas devem estar lá dentro. A Nicoly falou que você não ia conseguir vir. Saiu escondido de casa, né?

– É. A única opção que tive foi essa.

– Aproveita que a festa lá dentro está "daora"!

Entro dentro do local e vou atrás das meninas. O local da festa é como se fosse de gente rica, uma casona bem grande. Muitas luzes, tipo aquelas quando tem um DJ (e realmente tem um colocando várias músicas de funk).

Estou tentando passar pelas pessoas que são muitas dentro dessa casa. Ainda não encontrei as meninas.

De repente, eu sinto como se alguém estivesse me puxando. Viro para o lado e encontro uma das meninas.

– Finalmente você veio! – Ana dizem quanto curte um pouco da música, dançando.

– Oi! Cadê a Nicoly?

– Deve estar por aí, "pegando" alguém.

– E você? Ainda não pegou ninguém?

Ela dá uma risada.

– Eu? Não! Não vim aqui para pegar gente. Vim para curtir a festa, dançar um pouco...

Dei uma risada. Ana sabia que ela mesma estava mentido, dizendo que não ia pegar ninguém.

As horas se passaram, músicas e mais músicas foram tocadas, a curtição não parava, e sem eu nem perceber, já estava bebendo um monte de coisa que a galera oferecia, sem nem saber o nome de cada bebida.

Estava sentado em um dos banquinhos, parecidos com aqueles de lanchonete, bebendo.algo.que.não.sei.o.nome, observando as outras pessoas curtindo.

Até que eu comecei a reparar em algo.

Um pouco de longe avistei um menino com o mesmo estilo de roupa que eu gosto. Roupas largas, streetwear masculino. Não consegui ver o rosto do menino, só conseguia ver ele virado para trás, por conta que ele estava conversando com algumas pessoas. As pessoas pareciam não dar muita atenção ao que ele falava.

Mas o que me chamou atenção nele foi o tipo de roupa que ele tava usando.

Ele usava uma calça cargo bege, e uma camisa branca larga. Se tinha alguma coisa escrito na parte da frente da camisa, eu não sei.

Eu só sabia que na parte de trás da camisa dele tinha uma palavra escrita.

H.O.S.A.N.A

Hosana?

Acho que foi isso que estava escrito na camisa dele.

Eu não sei o porquê, mas aquela camisa tem algo diferente que eu não sei.

Talvez seja um tipo de camisa que lançou recentemente nas lojas.

Quando Nós Damos Uma ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora