Capítulo Doze

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Lim Sun-hee

Um dia depois, já estávamos adaptados ao lugar. Ha-na e Jeok-bong estavam fora desde cedo, provavelmente Ha-na havia o arrastado para treinar.

— Senhora Chu, acha que a Ha-na vai pegar muito pesado com o Jeok-bong? — Mun pergunta enquanto eu e Senhora Chu estamos na cozinha preparando o almoço.

— Eu adoraria que ela pegasse — Dou risada.

— Você é cruel — Mun me olha — Não é à toa que ainda não achou seu poder.

— Não é bom me testar no momento, eu é que estou com a faca aqui — Aponto para Mun — E o Jeok-bong também não achou o dele, então me sinto menos inútil não sendo a única sem poder — dou de ombros ainda o olhando e senhora chu vem até mim pegando a faca de minha mão, a que até então eu apontava para o garoto a minha frente.

— Sun-hee querida, pode ir à geladeira pegar a cenoura para mim? — Olho a mulher mais velha e afirmo, indo até a geladeira.

— Senhora Chu! — escuto Ha-na chamar e todos olhamos para a entrada vendo ela e Jeok-bong entrando.

— Jeok-bong! O que aconteceu? — Senhora Chu vai até ele e eu boto então que o garoto estava com o nariz sangrando, provavelmente quebrado.

— O que aconteceu com você? — Mun pergunta se aproximando.

— Encontramos um espírito maligno — Ha-na explica e eu só olho de relance enquanto presto atenção na conversa e procuro as cenouras.

— Um dos chineses? — a mulher mais velha questiona enquanto cura Jeok-bong.

— Não, um nível um — Ha-na comenta e eu finalmente acho as cenouras.

— Como o acharam? Sem território? — Mun questiona enquanto eu pego as cenouras colocando-as em uma tigela para levar até o balcão perto da pia para as cortar.

— Jeok-bong descobriu seu poder — Paro — Ele tem uma habilidade! — solto a tigela e atraio a atenção de todos e finalmente olho Jeok-bong.

— Sun-hee... — Mun me chama.

— Nossa... Mm... eu não esperava ouvir isso tão cedo — Comento e então me abaixo, pegando as cenouras e as colocando de volta na tigela e depois em cima do balcão da pia. Respiro fundo e olho Jeok-bong — estou feliz por você — Sorrio para ele — você tem uma habilidade... — meus olhos marejam e eu os limpo rapidamente.

— Sun-hee... — Mun começa a se aproximar e eu o encaro, levantando a mão no ar.

— Não, tá tudo bem! Estou feliz por ele, de verdade. — Volto a olhar Jeok-bong — Pelo menos só um de nós é inútil agora — sorrio e abaixo o olhar mordendo o lábio.

Mas que sensação de merda.

— Acho que vou comer fora... — Olho todos parando em Jeok-bong que estava de cabeça baixa — Limpa esse nariz em! E vê se ajuda eles caso precisem! — Vou até a saída, mas Mun me alcança e segura meu braço.

— Não faz isso, fica.

— Não quero atrapalhar o momento legal — me solto dele — Parece que você tem alguém esperando para ganhar os parabéns. — Me viro e começo a andar até a saída deixando o local.

(...)

Saio e fico andando pela cidade, quando percebo, já é noite e eu estou longe de tudo, perto da ponte onde o acidente dos meus pais aconteceu.

— Você sabe que vai descobrir os seus uma hora também, não sabe? — Jong-su me assusta assim que eu o escuto.

— Quero ficar sozinha, o que significa que não quero você na minha cabeça também. — Digo, olhando a água lá embaixo.

𝐃𝐎𝐍'𝐓 𝐌𝐀𝐊𝐄 𝐌𝐄 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐘𝐎𝐔 ★ 𝐒𝐎 𝐌𝐔𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora