Capítulo Treze

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Lim Sun-hee

Quando vejo que estou perto, a mais ou menos uns quinze minutos do esconderijo, eu paro e me sento em um banco, respirando fundo. Fico olhando a rua quando um carro começa a se aproximar e estaciona bem na minha frente. A janela do lado do passageiro desce e eu observo o motorista.

— Sabe que tem gente preocupada com você, não sabe? — Mo-tak abre a porta do passageiro e eu entro, mas fico calada. — Mun me ligou e pediu para ir atrás de você.

— Eu já estava voltando.

— Sim, eu percebi, mas passou a tarde e o anoitecer fora, deixou a gente preocupado, sua pirralha. — Olho ele — Comeu algo pelo menos?

— Não estou com fome. — No instante em que digo isso, sou pega na mentira quando escuto minha barriga roncar.

— Quer um lanche antes de a gente voltar? — olho Mo-tak e suspiro.

— Quero — Coloco o cinto de segurança e ele começa a dirigir.

(...)

— Obrigada — digo, terminando de comer meu Topokki e limpando a boca.

— De nada, criança, eu também estava com fome.

— Mo-tak... — chamo — acha que eu tenho alguma habilidade?

— Claro que sim, só acho que você precisa que algo aconteça com você. O Jeok-bong teve que quebrar o nariz.

— Não quero quebrar nada no meu corpo, obrigada — rio fraco — eu só quero ser útil. Sabe? — Mo-tak solta o celular sob a mesa e me olha.

— Você e o Mun são iguais nisso. Mas sabia que, mesmo sem poderes, ele ajudou a gente? E muito! Não são os poderes que te tornam uma caçadora, é a sua força de vontade de fazer algo bom, de proteger pessoas. É isso que te faz uma caçadora. — Ele torna a pegar o aparelho e o guarda.

— Eu só queria poder fazer mais — digo baixo e Mo-tak se levanta, ficando à minha frente.

— Vai poder fazer, em breve, criança, confie em mim. Todos têm uma habilidade, você não é diferente. E mesmo que for, se por um milagre você não tiver um poder, não vai diminuir o que sentimos por você. Agora você faz parte da família, garota. — Ele pega o dinheiro na carteira e coloca na mesa. — Vamos? Aposto que todos estão querendo te ver.— Suspiro e me levanto, afirmando.

— Vamos.

(...)

— Olhem o que achei — Entro junto de Mo-tak e todos se levantam da mesa, vindo até mim.

— Que bom que está bem — senhora Chu vem até mim e me abraça.

— Que bom que o Mo-tak achou você — Sr. Jang Mul comenta de longe.

— Por que não atendeu nossas ligações? — Ha-na me soca no ombro.

— Ai! — Levo a mão até o lugar do soco e rio — eu estou bem, não precisam se preocupar. — Corro os olhos pelo lugar e paro em Jeok-bong e então vou até ele.

— Me desculpe, não queria te aborrecer, fazer você se sentir mal... E-e

— Para — interrompo — Fui idiota com você. Não menti quando disse que estava feliz por você, eu realmente estou, estou triste comigo mesma, então não se sinta mal. É patético — sorri de canto — Só vamos torcer para o meu poder ser mais legal que o seu e eu poder esfregar na sua cara — ele ri e então, de canto, com a visão periférica, eu vejo alguém sair do quarto e olho na direção do mesmo, vendo Mun.

𝐃𝐎𝐍'𝐓 𝐌𝐀𝐊𝐄 𝐌𝐄 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐘𝐎𝐔 ★ 𝐒𝐎 𝐌𝐔𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora