𝐃𝐎𝐍'𝐓 𝐌𝐀𝐊𝐄 𝐌𝐄 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐘𝐎𝐔 ★ 𝐒𝐎 𝐌𝐔𝐍

♡Prólogo♡

Lim Sun-hee

Chego em casa e jogo as chaves em cima do balcão retirando meus sapatos e então seguindo para meu quarto onde retiro meu casaco o guardando e soltando o cabelo massageando o couro cabeludo dolorido.

Troca de roupa e sigo até meu banheiro para escovar meus dentes e lavar o rosto para retirar toda a maquiagem e depois ir dormir.

Enquanto escovava os dentes escuto um barulho na cozinha e me inclino ligeiramente para o corredor e olho para o outro cômodo retirando a escova de dentes da boca e ficando em silêncio para ver se eu ouvia mais alguma coisa.

Escuto um estalo, mas vindo da geladeira e meu corpo pula com o susto, mas rio em seguida.

— É... Ser mulher e morar sozinha não é fácil

Volto a escovar meus dentes e depois me inclino na pia enxaguando a boca. Quando subo meu corpo novamente e encaro o espelho, vejo ali um reflexo de um homem com uma roupa totalmente preta e uma máscara que cobre totalmente seu rosto. Mas antes que eu pudesse gritar, ele tapou minha boca com um pano e me segurou, então mesmo que eu tentasse, eu não conseguia me soltar.

E então, eu apaguei.

(...)

Abro os olhos aos poucos enquanto sinto meu corpo se molhar. Começo a recobrar a consciência e aos poucos me apavorar novamente, mas por mais que eu tentasse, eu não conseguia me mexer. Meu corpo não reagia as ordens dadas por meu cérebro. A única coisa que eu conseguia fazer, era mexer meus olhos.

Pelo que eu pude notar, eu ainda estava no banheiro, mais precisamente dentro da banheira. Banheira esta, que estava aos poucos enchendo.

— Já acordou — o homem fala e o encaro em completo horror sentindo meus olhos começarem a se encher d'água. — Calma, eu não vou te ferir, vai parecer suicídio. — Ele ri e se abaixa afastando o cabelo de meu rosto — ah, eu queria que não fosse assim Sun-hee, mas tem que ser... Não posso deixar você pegar algo que não te pertence — ele se levanta e vai até a pia e pega algo voltando e me mostrando — eu te dopei e te anestesiei, você não vai conseguir recuperar o movimento do corpo a tempo, é uma pena — o homem se inclina e abre ainda mais a torneira — Mas não se preocupe, vou ficar aqui até ter certeza que você não está mais respirando, não queremos que tudo isso tenha sido em vão, não é mesmo? — diz enquanto se senta no vaso e me olha enquanto a água sobe ainda mais e chega em meu peito.

— Socorro — consigo começar a murmurar, mas a minha voz sai quase nula.

— Nem tente, é perca de tempo docinho — ele pega o celular e vem até mim iniciando uma gravação.

A água chega em meu queixo e continua subindo, chegando em minha boca, enquanto eu tentava escapar daquilo, mas nada adiantava.

— Tchau, Tchau Sun-hee — o homem acena e a água chega até meu nariz, puxo o ar uma última vez prendendo a resposta e logo, eu estou completamente debaixo da água e então, a imagem embaçada do homem some.

Enquanto eu tentava me concentrar para fazer meu corpo reagir e me tirar daquela situação, um outro pensamento me acompanhava... E se eu me entregar a morte?

Eu sou sozinha. Não tenho família.

Meus pais morreram em um acidente de carro, e meu irmão desapareceu na mesma noite e foi dado como morto.

Eu não tenho ninguém.

Posso me encontrar finalmente com eles. Rever minha família.

Talvez eu não devesse lutar...