Capítulo Nove

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Lim Sun-hee

Acordo e me levanto indo direto para o banheiro, retiro minhas roupas e entro na banheira olhando meu braço onde tinha um machucado que começava a formar uma casquinha fina.

Encosto a cabeça na beirada da banheira e fecho os olhos, mas quando penso que vou poder relaxar, escuto um barulho na maçaneta da porta da entrada e me levanto rápido colocando o roupão e pegando meu celular indo até meu quarto.

Desde o ocorrido com aquele homem, eu comprei um taco de baseball e o deixei no meu quarto. Até que eu arrume um outro lugar para morar, estou fazendo o possível para me manter segura por aqui.

Abri a porta devagar e segurei o taco com força olhando em volta e então seguindo até a sala, onde, do corredor eu podia ver a porta encostada. Olhei o chão e vi a sombra de uma pessoa que provavelmente estava perto da estante, de frente para a janela.

Respirei fundo e então me preparei para atacar a pessoa, mas assim que apareci na sala e olhei a pessoa, eu abaixei o taco de baseball.

— Tio!? — Ele me encarava surpreso, mas logo respirou fundo e arrumou a postura se aproximando.

— Minha querida! Que susto me deu! Faz dias que não tenho notícias suas, vim ver como estava.

— Ah... aconteceram algumas coisas, eu ia na empresa te ver e contar tudo, mas acabei tendo que comparecer a um funeral, e por isso não fui.

— Funeral? Quem morreu?

— O amigo de um amigo.

— Entendo, mas o que aconteceu?

— Hm, me deixe tomar um banho rápido e trocar de roupa, sim? E então te atualizo.

(...)

— Tentaram te matar?

Mataram...

— Sim, mas um... amigo me ajudou a sair dessa.

— Por que não prestou queixa? Ou foi a polícia?

Como eu iria? Como explicaria que um homem me matou afogada, mas eu voltei a vida para caçar espíritos malignos?

— Eu não vi o rosto dele, e as câmeras não o pegaram, de qualquer forma não tinha nada pra poder achá-lo. — Suspiro e tomo um gole de meu café recém feito.

— Deveria ter me procurado no mesmo dia! Eu poderia te ajudar.

— Obrigada tio, mas eu estou bem.

— Quero que venha morar comigo, vou abrir uma investigação particular para achar a pessoa.

— Eu estou atrás de outro apartamento. Talvez até a dívida com uma pessoa para poder me sentir mais segura.

— Minha querida, me escute, somos família e protegemos um ao outro. Venha morar comigo, assim podemos ambos descobrir o que ele queria com você, o que ganharia se te matasse e assim chegaremos ao mandante.

— Eu tenho outras prioridades no momento tio... Inclusive, estou atrasada para ver alguns amigos.

— Amigos? Você sempre me disse que não tinha amigos, minha querida.

— É, agora eu tenho. — Me levanto do sofá e ele se levanta comigo. — Me desculpe, eu gostaria de poder te explicar tudo, mas não posso. Então por hora, só aceite o fato de eu estar segura. —Meu tio sorri e se aproxima segurando meus braços acariciando levemente.

— Para mim, é o suficiente. Por favor, vá me dando notícias. Irei contratar um detetive particular hoje mesmo, e vamos descobrir quem te fez mal.

— Obrigada tio — Eu o abraço e ele me abraça de volta — Agora se não se incomodar, eu realmente preciso ir.

𝐃𝐎𝐍'𝐓 𝐌𝐀𝐊𝐄 𝐌𝐄 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐘𝐎𝐔 ★ 𝐒𝐎 𝐌𝐔𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora