Capítulo 1: A Chegada

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Era uma tarde nublada de outono quando Helena recebeu a carta que mudaria sua vida

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Era uma tarde nublada de outono quando Helena recebeu a carta que mudaria sua vida. O envelope, amarelado pelo tempo, trazia o selo de cera da família Brumont, um nome que ela ouvira apenas em histórias sussurradas por sua avó. Não se falava muito sobre a misteriosa mansão que, abandonada no topo de uma colina, parecia vigiar a pequena vila de Valedourado.

O conteúdo da carta era breve: seu tio-avô, que ela jamais conhecera, havia falecido, deixando-lhe como única herdeira da antiga propriedade. Desconfiada e curiosa, Helena decidiu viajar até a mansão. Algo naquela casa a atraía, como se um fio invisível a puxasse para as sombras daquele lugar esquecido pelo tempo.

Ao chegar à estação de trem, foi recebida por um cocheiro de aparência fantasmagórica, que a conduziu pelas estradas sinuosas e desoladas que levavam à colina. No caminho, a névoa começou a envolver a carruagem, tornando o ambiente ainda mais opressor. O vento gélido fazia as árvores parecerem sussurrar segredos sombrios, e Helena não conseguia afastar a sensação de que estava sendo observada.

A mansão Brumont, à medida que se aproximavam, surgia imponente e decadente, com suas torres góticas e janelas em arco, que pareciam olhos escuros e vazios. O portão de ferro, enferrujado pelo tempo, rangia como um lamento ao se abrir. O cheiro de terra molhada e folhas apodrecidas pairava no ar, trazendo consigo uma sensação de abandono e morte.

Dentro da mansão, Helena foi recebida pelo velho mordomo, que a conduziu pelos corredores intermináveis e frios. O silêncio era opressor, quebrado apenas pelo eco de seus próprios passos. As paredes, cobertas por retratos de ancestrais de olhares severos, pareciam julgá-la a cada movimento. Um candelabro balançava levemente, projetando sombras dançantes nas paredes, e o vento sussurrava pelas frestas, como se a casa tivesse sua própria respiração.

No coração da mansão, um quarto estava trancado. O mordomo, com um olhar evasivo, avisou que aquele era o aposento do tio-avô, e que desde sua morte, ninguém ousava entrar. Mas algo na expressão do homem sugeria mais do que respeito pelos mortos — havia medo em seus olhos...

O Segredo da mansão brumont.Onde histórias criam vida. Descubra agora