Com o mapa em mãos, Helena percorreu os corredores da mansão como se estivesse sendo guiada por uma força invisível. O ar parecia mais denso, e as paredes da mansão pareciam se fechar ao seu redor. Ela seguiu as marcações no papel, que a conduziam até uma ala esquecida da mansão, onde as teias de aranha cobriam cada canto, e o cheiro de mofo impregnava o ar.Ela encontrou o que parecia ser o ponto inicial do mapa: uma porta de madeira robusta, escondida atrás de uma tapeçaria puída. Quando Helena puxou a tapeçaria, uma rajada de vento frio escapou da porta, como se o próprio ar ali estivesse preso há séculos. Com um leve empurrão, a porta se abriu, revelando uma escada de pedra que descia em espiral para o subterrâneo.
A escuridão abaixo parecia impenetrável. Com uma lamparina que encontrara em um dos salões, ela começou a descer os degraus de pedra. Cada passo que dava ecoava como um tambor distante, aumentando a tensão que crescia em seu peito. Enquanto descia, Helena sentia o ambiente se transformar. O ar estava mais frio, e ela ouvia sussurros leves, quase como se as próprias paredes estivessem conversando entre si.
Após o que pareceu uma eternidade, a escada terminou em um corredor estreito, cujas paredes estavam gravadas com símbolos antigos — os mesmos que ela havia visto no mapa. Ao final do corredor, uma grande porta de pedra, coberta pelo símbolo circular do mapa, bloqueava o caminho.
Helena hesitou, sentindo seu coração acelerar. O que quer que estivesse além daquela porta, ela sabia que era algo que mudaria tudo. Ela pressionou a mão contra o símbolo e, para sua surpresa, a pedra começou a se mover sozinha, rangendo ao se abrir lentamente.
O que Helena viu a fez prender a respiração. A sala além da porta estava cheia de esculturas e objetos antigos, todos irradiando uma energia estranha e pulsante. No centro, um pedestal de mármore sustentava uma pedra negra, do tamanho de uma maçã, que brilhava com uma luz fraca. Era impossível não ser atraída por ela.
Quando Helena se aproximou, uma sensação de déjà vu a invadiu. A pedra parecia... familiar. Como se de alguma forma, ela já tivesse visto aquilo antes, talvez nos sonhos perturbadores que a atormentavam desde que chegara à mansão.
Sem conseguir se conter, Helena estendeu a mão para tocar a pedra. No momento em que seus dedos a tocaram, uma explosão de luz percorreu o ambiente, e sua mente foi inundada por imagens. Flashes de seu tio-avô, de criaturas que viviam nas sombras, e da própria mansão, construída sobre um segredo antigo, que não deveria ser revelado.
Helena soltou a pedra, cambaleando para trás. Tudo estava claro agora. A mansão Brumont não era apenas uma herança — era uma prisão. Algo havia sido trancado ali, algo que seu tio-avô tentou conter. E agora, Helena se perguntava se não era tarde demais para evitar que isso fosse libertado.
Mas ela também sabia que, de alguma forma, estava ligada àquela escuridão...
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O Segredo da mansão brumont.
Misteri / Thrillerapós receber uma misteriosa carta a jovem Helena jamais imaginaria que a sua vida mudaria drasticamente,uma misteriosa mansão e vários segredos que lá habitam vão fazer ela entrar em situações que nunca se imaginou antes.