Capítulo 4 : PARTE III

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Sem revisão:

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Sirius se esgueirou lentamente pela cama até se deitar por cima da divisão de travesseiros que eles haviam feito. Só então olhou para Sniv, que ainda dormia. Pela primeira vez, o grifinório havia acordado antes.

O sol começava a aparecer, trazendo para o quarto deles uma pequena quantidade de luz, fraca, mas suficiente para que ele pudesse ver o rosto do outro. Snivellus estava coberto até os ombros, seu rosto virado levemente para a esquerda, em direção a Sirius. A boca estava entreaberta, e seus cabelos estavam presos em uma trança bagunçada. Pela primeira vez, Sirius o viu com uma expressão de paz: suas sobrancelhas estavam relaxadas, os grandes cílios escuros caíam levemente sobre as bochechas, e seu peito subia e descia lentamente. Até aquele momento, Sirius só tinha visto as expressões de nojo e raiva que o sonserino sempre exibia quando estava perto de Black. Era até uma pena que aquela calmaria não duraria muito.

Sirius havia decidido que estava sendo bonzinho demais com Snape. Já tinham se passado duas semanas desde que estavam ligados, e o grifinório ainda não havia pregado nenhuma peça no outro. Foi com isso em mente que ele conseguiu um saco repleto de aranhas. Pelo pouco que conhecia do outro, Sniv odiava aranhas.

Olhando mais uma vez para o rosto do outro, Sirius abaixou a cabeça para abrir o saco, da forma mais silenciosa possível. Quando voltou a olhar para o sonserino, estava sorrindo. Mas quando estendeu a mão, segurando uma das aranhas para o lado de Snape, levou um choque que o fez pular para trás e soltar um grito.

No desespero de se afastar, acabou se embolando nas cobertas e caiu de costas no chão, com o saco de aranhas aberto em cima do rosto. Isso o fez gritar ainda mais, mesmo sem ter medo daqueles bichos.

Snape acordou com o barulho, e ao ver a cena - Sirius, deitado no chão, coberto de aranhas e gritando como uma criança, não conseguiu segurar uma risada.

— Sério, Black? — Snape disse, rindo. — Aranhas?

— Não é engraçado, Snivellus! Elas estão em todo lugar. — Sirius, ainda tentando se livrar dos bichos murmurou irritado, o que só fez o sonserino rir ainda mais e a vontade de Sirius de bater no outro aumentar exponencialmente.

— O que fez você imaginar que eu dormiria ao seu lado sem nenhum tipo de proteção? Você é realmente mais estúpido do que eu imaginava. — O sonserino se levantou ainda rindo e com um feitiço organizando o seu lado da cama. Se virando ele começou caminhando em direção ao banheiro, sem nem se preocupar com as aranhas. — Ah, e bom dia querido.

O bastardo ainda teve coragem de zombar dele, Sirius queria morrer, mas não antes de matar o sonserino. só depois que ele conseguiu reunir novamente todas as aranhas é que o grifinório se deixou xingar Sniv de todos os nomes que ele se lembrava. Ah, mas aquilo não ficaria assim, Sirius pensou enquanto se livrava das aranhas.

Antes deles saírem para as aulas eles tiveram que segurar as mãos, o que foi como sempre, extremamente desconfortável. Sirius estava com cada vez mais raiva enquanto o sonserino estava se segurando para não rir. Quando enfim puderam se separar, Snape resolveu quebrar o silêncio.

— Eu espero que você não se atrase hoje. — Sniv disse enquanto pegava seus materiais, mas parou quando viu a confusão estampada no rosto do grifinório. — Você se lembra do que a gente combinou, não é Black?

— Sim, é claro. — Ele não se lembrava de nada.

— Isso só pode ser brincadeira. — Sniv murmurou. — A gente combinou de ir à floresta proibida para tentarmos encontrar alguma druída. Como você foi se esquecer disso?

A maldição das dríades {Tradução}Onde histórias criam vida. Descubra agora