𝘀𝗶𝘅; a chaotic group.

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❝I'm never gonna look back, whoa
I'm never gonna give it up, no
Please don't wake me now
This is gonna be the best day of my life ❞ ⚊ 
American Authors


YAMAGUCHI POV'S

O despertador tocou alto, me arrancando do pouco descanso que tive. Acordar nesse momento trouxe um arrependimento imediato por ter passado mais uma noite em claro, tentando, sem sucesso, organizar o caos na minha cabeça. Me pergunto por que ainda tento, já que nunca sai como planejado.

Ainda bem que é sexta-feira. Suspiro aliviado ao lembrar que o fim de semana está logo aí, com dois dias inteiros para me perder nos livros e zerar meus jogos favoritos. Pode parecer simples, talvez até "programa de nerdola" para alguns, mas, sinceramente, isso pouco me importa. É exatamente o que quero fazer, e não vou deixar nada me impedir.

Não sei como, mas consegui me arrumar rápido o suficiente para chegar à sala a tempo. Ela já estava um pouco cheia, mas o professor ainda não havia chegado. Soltei o ar em alívio, me dirigindo imediatamente para a minha carteira. Assim que me sentei, meus olhos, quase por instinto, buscaram a pessoa que ocupa meus pensamentos há anos: Tsukishima.

Foi nesse momento que algo inesperado aconteceu. Quando o encarei, ele já estava me olhando. Porém, assim que nossos olhares se cruzaram, ele desviou o olhar... e, para minha surpresa, parecia levemente ruborizado.

O QUÊ?? Tsukishima, me olhando e depois desviando com vergonha? Isso não pode ser real. Esse papel deveria ser meu!

Eu juro que quase soltei um berro no meio da sala, mas, assim que vi a professora de artes entrando, consegui me conter. Não queria ser expulso de novo na mesma semana, e sinceramente, se isso acontecesse, eu me jogaria na frente do primeiro carro que visse.

— Bom dia, meus amores — disse a professora, nos saudando com um de seus inúmeros apelidos carinhosos. — Antes de começarmos a aula, quero falar sobre um trabalho em grupo que vocês irão fazer em casa.

— Podemos escolher os grupos? — algum aluno fez a clássica pergunta.

— Sim, os grupos serão de 5 a 7 pessoas — respondeu a professora, e, de imediato, a sala virou um caos de conversas e cochichos. — Silêncio! Caso contrário, eu mesma escolherei os grupos. — E foi assim que ela conseguiu calar 30 alunos de uma só vez.

Babilônica? Não, apenas o desejo universal de todo mundo querer estar no grupo dos amigos.

A professora caminhou até sua mesa, empilhando alguns papéis antes de olhar para a turma com um semblante firme, porém amigável. Ela fez uma breve pausa, observando o burburinho na sala, e então ergueu a mão para pedir silêncio.

— Bom, a proposta do trabalho é a seguinte — começou ela, andando pelo corredor entre as carteiras com passos tranquilos. — Como muitos de vocês sabem, a atuação e o teatro também são formas de arte. Portanto, quero que criem uma pequena peça teatral. Roteiro, figurinos, boa atuação, o pacote completo.

Ela fez uma breve pausa, cruzando os braços e olhando de um aluno a outro, como se quisesse enfatizar cada palavra.

— O tema é livre, mas, por favor, nada de coisas inapropriadas — disse com um olhar de advertência, levantando uma sobrancelha. — Esse trabalho valerá 7 pontos, já que só temos uma prova de artes por semestre. E tem mais: a peça deve estar pronta em duas semanas.

Ela parou no centro da sala e inclinou a cabeça ligeiramente, desafiando-os com o olhar.

— Então, não quero ouvir desculpas. Todos entenderam?

𝐈𝐍𝐒𝐄𝐂𝐔𝐑𝐈𝐓𝐘. - TsukkiyamaOnde histórias criam vida. Descubra agora