Capítulo 13

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                     Hugo | Perigo
                      2 dias depois

Acordei ouvindo uns falatórios na cozinha, tentei abrir os olhos e o bagulho funcionou por completo, tava vendo tudo de boa, tava sentindo inchado ainda, mas nada embaçado.

__ Preta - falei um pouco alto e a porta foi aberta com tudo mostrando ela toda preocupada.

Luna : caralho filho da puta, pensei que tu tava passando mal - falou calma como um suco de maracujá.

__ que vestido curto da porra, gostei não - vi o vestidinho vermelho dela e ela riu percebendo que enfim abrir os olhos, se pá pensei que ia ter que ir naqueles médicos de olhos lá, tava doendo pra porra e nem abria.

Jota : que demora manhê, tô com fome - entrou no quarto emburrado, de 10 palavras desse pivete, 9 é fome.

__ sempre ta com fome né pivete - falei e ele se jogou na cama em cima de mim, grude da porra.

Jota : tô em fase de crescimento tio, você não? - perguntou me fazendo rir - oh tio, aqui tem espaço pra fazer um churrasco sabia? - falou como quem não quer nada.

Luna : Jota - repreendeu ele e ele riu sapeca.

__ fala tu pivete, ta afim de um churrasco?

Jota : tava não tio mas já que voxe deu a idéia eu topo - falou todo cínico me fazendo gargalhar e logo depois fazer uma careta de dor, meu corpo ainda dóia pra porra, todo dia eu tomo 2 dipirona, um depois do almoço e 1 antes de dormi e mesmo assim eu sinto dor pra caralho.

__ então jae, vai fazer aqui ou lá em casa?

Tinha dito a ele que na minha casa é bem maior e ainda tem piscina, o garoto se amarrou, ele olhou pra mãe como se perguntasse se podia e ela assentiu meio contra a gosto e o moleque faltou gritar de tanta alegria, saiu correndo do quarto dizendo que ia se arrumar, todo na marra.

Luna : você só arruma né periguinho? Queria ficar de preguiça cara - falou toda dengosa, essa safada.

__ tu nunca quer sair pô, ajuda teu homem aqui - falei em tom de brincadeira fazendo ela rir e vim me ajudar a levantar fazendo meu corpo todo doer, dei um beijo na testa dela e fui para o banheiro devagar, dei um mijão e depois tomei um banho quente pra ver se passa essas porra de dor.

Sair do banheiro enrolado na toalha e vi uma bermuda da lacoste na cama junto com um camisa da lacoste também me fazendo rir de lado, a preta já sabe o estilo do pai.

Vesti a roupa rapidinho e sair do quarto vendo o pivetinho emburrado.

__ ih colfoi pô, que cara é essa? - sentei no sofá perto dele.

Jota : acho que não quero mais churrasco tio - falou triste e eu nem entendi, o moleque tava felizão agorinha.

__ manda o papo.

Jota : será que eu posso comer as coisas que vai ter lá? Se for pra ficar olhando todo mundo comer e não comer também eu não quero mais não - os olhos encheu de lágrimas e eu fiquei sem reação, não gosto de ver criança chorar não pô.

__ claro que pode comer pô, vou mandar comprar as paradinhas tudo sem glúten se ligou não?

Ele sorriu se jogando em mim e me abraçou.

Jota : tio você é mo legal, conheço você nem faz muito tempo, mas te amo pra caramba - falou abraçado comigo e meus olhos encheu de lágrimas, tirando meus coroas ninguém nunca tinha dito que me ama, papo de emocionado do caraí mas o coração chega acelera pô.

__ coé pivetinho, também amo tu pô - enxuguei as lágrimas sem ele ver. - Bora Luna - gritei ela.

Luna : espera ai chatão - gritou também fazendo eu e o pivete rir, enquanto esperava a malucona, pedi pra um dos cara dar uma geral na minha casa, nem tá tão suja até porque não tinha ninguém por lá durante esses 3 meses, aproveitei e pedir pra Wl comprar umas caixas de cervejas e deixar lá na geladeira e comprar as carnes e deixar separada por conta do glúten da cerveja para não contaminar a carne do pivete.

Demorou mo cota e eu tava quase surtando quando ela apareceu toda gatona me fazendo surtar por conta da roupa curta.

__ tu vai assim? Roupa feiona - falei e ela riu percebendo meu surto.

Luna : vamo logo - saiu na frente e eu puxei o pivete que tava vidrado no celular da mãe dele, minha casa nem era tão longe assim mas por conta das dores preferir ir de carro que demorou 5 minutos e chegou rapidão.

Jota : caramba tio, a casa é grande mesmo - falou descendo do carro - quase uma mansão, se a casa é assim, imagina a piscina mamãe - falou todo empolgado fazendo ela rir.

__ é grandona mermo pô, mas ai tu sabe nadar?

Ele arregalou os olhos e negou, acho que já tava pensando em como não se afogar, abrir a porta pra eles e ele já foi correndo solto pela casa.

Luna : Jota não corre - reclamou, chatona pô - que casa grande periguinho - falou me olhando, olhei pra ver onde o pivete tava e ele tava todo entertido na piscina, então não perdi tempo e puxei ela encostando nossas bocas pedindo passagem com a língua e ela logo cedeu, coloquei minha mão na nuca dela, puxando o cabelo dela pra trás fazendo ela gemer baixinho.

__ mo saudade de te foder gostosinho preta - sussurei no ouvido dela vendo ela se arrepiar, ouvir os passos do pivete e me afastei dela, vendo ela me fuzilar com os olhos e eu sair rindo para a área do churrasco.

Por AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora