Luna 💜
Maratona 4/4
Já se passavam de 20H da noite, o churrasco já tinha acabado, meu pai e minha mãe já tinham ido deitar com as gêmeas e estávamos aqui no quarto que estou ficando esses dias, o Jota já tava no último sono com a Estela e o Hugo me olhando a horas, queria falar tanta coisa porém nada saía.
Hugo : quer que eu meta o pé? - falou após um tempo e eu fiquei calada, queria muito acreditar na palavra dele, pode não ter acontecido nada naquele maldito dia, mas só dele deixar a mulher sentar no colo dele eu já estava com ódio, ódio dele ter me deixado aqui e ido vagabundar por ai, sei que temos que ter nossos momentos separados e tals, mas eu não vejo o porque dele fazer isso em uma mesa cheia de mulher.
__ quero conversar Hugo - falei entre dentes e ele riu. - não tô achando graça - falei boladona.
Hugo : mas eu tô pô, toda cheia de marra e de ciúmes ai, colfoi Preta, já te disse eu sou só teu caraí.
__ não foi o que apareceu na porra daquela foto - falei cheia de ódio indo para a varada do quarto e ele veio atrás me puxando contra ele.
Hugo : caralho eu não sei mais o que dizer pra tu acreditar em mim, minha palavra ta valendo pouco pra tu?
Neguei com a cabeça, cheia de ódio pra esse papo dele.
__ eu nem te conheço cara, tu paga de emocionado pra mim, mas eu nem te conheço, não sei quase nada sobre tua vida - falei e ele me soltou.
Hugo : quem não te conhece sou eu parcera, te contei um monte de bagulho confidencial meu e tu ai marolando na minha, eu sei o que de tu porra? Sei qual é o teu passsdo? Como o Jota foi feito? De onde tu veio? Sei de porra nenhuma e ainda sim insisto pra caralho em tu, sou emocionado porque a vida que eu levo eu não sei se vou estar aqui nessa porra amanhã pra viver isso que eu tô vivendo contigo, mas quer saber a real? Eu tô cansado de ser taxado como emocionado no bagulho, cansado de correr atrás de tu e fazer por nós sozinho, tu não move um dedo pra fazer um bagulho legal por nós, e faz meses que estamos nessa, e te falar o papo reto eu cansei dessa porra aqui, quer acreditar no zé povinho? Acredita caralho - saiu da varanda e eu fui atrás vendo ele pegar a Estela que resmungou por estar dormindo.
__ onde você vai levar ela Hugo? A menina ta dormindo cara - reclamei seguindo ele que saía do quarto e ia em direção a porta.
Hugo : vou levar ela para onde ela teria que ter ido desde o primeiro dia, melhor do que ta iludindo a garota com papo de família feliz.
__ deixa de ser infantil caralho, ela não tem nada haver com isso tudo, eu quero ficar com ela, tô terminando com você, não com ela - falei puta e ele parou me olhando com ódio.
Hugo : jae pô, mas hoje ela vai comigo e quando eu quiser mando alguém trazer ela, papo reto não volta atrás do teu papo não se ligou? Porque eu mesmo não quero mais ver tua cara nem pintada de ouro porra, ta proibida de subir meu morrão - apontou pra mim e eu dei um passo pra trás querendo chorar, mas não ia dar esse gostinho a ele.
__ vai se fuder emocionado do caralho, quando eu quiser ver ela eu vou ver, você não manda em mim e muito menos na minha relação com ela, saí daqui - apontei pra porta e ele saiu batendo a porta forte, sentei no sofá com a cabeça no joelho e deixei as lágrimas cair, inferno.
Sentir uma mão me puxando e me abraçando nem precisei abrir os olhos para ver o Russo.
__ eu odeio ele pai - chorei com ódio.
Russo : odeia não pô, vocês tavam tão bem hoje, o que aconteceu?
__ ele me traiu e não quis aceitar o fim, envolveu a Estela, acho que não vou ver ela nunca mais pai, que ódio.
Russo : calma pô, vocês estão estressados demais, tem que aprender a separar as coisas porra.
__ ele que não sabe separar, até me proibiu de subir o morro, minhas coisas estão tudo lá, que macho escroto.
Russo : isso se resolve com o tempo garota, o tempo vai resolver, relaxa - ficou fazendo cafuné em mim e eu fui relaxando aos poucos, mas minha mente só dizia uma coisa, nunca mais eu veria a Estela e tava com um aperto fudido no peito.
